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Time Crisis: Razing Storm

Festeja como se fosse 1994.

Quando o jogo em si começa, tudo fica ainda pior. A combinação de comando tradicional com o Move nunca chega a ser satisfatória e rapidamente começamos a sentir um mau estar que quase nos força a largar o jogo. Isto porque a câmara e o movimento do personagem parece ter vontades diferentes e lutam entre si. Os movimentos são detectados com grande dificuldade, e mesmo que isto seja problemas nossos com a calibração, podemos sempre colocar esse ponto, o certo é que executar tarefas tão fáceis como subir uma rampa, encostar numa parede, conseguem ser tarefas incompreensivelmente impossíveis. É estonteante como nos dias de hoje um jogo se permite ser frustrante quando deveríamos estar a receber produtos de diversão. Em partilha com o modo arcade, a inteligência artificial é nula e mesmo com uma dificuldade superior, apenas vamos estar a forçar o que devia ser naturalmente apelativo.

A isto devemos adicionar uma componente visual que acreditou que o extremamente colorido seria o passo para o sucesso. Dentro do espírito mas completamente desenquadrada da actualidade e mesmo que cumpra com mínimos obrigatórios, não é nada respeitosa para com o jogador nem para com a própria plataforma. Tendo em conta tudo isto, não é de estranhar que a componente sonora tenha apenas como único resultado colocar o jogador a rir. As músicas são, como diriam os Ingleses para parecer mais chique, "cheesy", e sinceramente ficamos um bocado perdidos com a sua intenção.

As cheesy as it gets!

Fugindo de Razing Storm ficamos com a esperança que o revivalismo arcade e o uso do Move encontrassem algum sentido nos outros dois títulos do pacote. Partimos então para DeadStorm Pirates e encontramos um jogo que novamente não desafia de forma alguma o jogador e cuja jogabilidade é ainda mais básica. A única mecânica que o distingue mesmo é quando o jogador deve disparar para o mesmo ponto para o qual o seu colega, quando jogamos com um amigo, também está a disparar. É o grande trunfo nesta era dos piratas que procuram tesouros recorrendo a armas de fogo que não precisam de ser recarregadas. Deve ser dito que tudo é melhor suportado quando temos amigos ao nosso lado, ajuda a rir um pouco mais de tudo. O tom é diferente e até bem vindo, enfrentar esqueletos e procurar tesouros passando por diálogos horríveis demais para ser verdade enquanto passamos pelos reais valores arcade, quanto mais jogam mais bónus que facilitam o jogo nos são dados.

Caso prefiram podem optar por enveredar por Time Crisis 4 na sua versão arcade. Recuperando o jogo já existente na plataforma, este vê o PlayStation Move a desempenhar o papel da GunCom e nesse sentido não oferece nada de realmente novo, apenas uma espécie de alternativa. Quase que se pode encarar como um bónus extra para reforçar o valor de um pacote que infelizmente é muito baixo.

O género ficou sem popularidade e praticamente caiu no esquecimento. A única coisa que Time Crisis: Razing Storm consegue fazer é relembrar e bem o porquê de tal ter acontecido. É uma experiência sem personalidade e ridícula demais para sequer deixar a pensar que é propositadamente dessa forma. Tem algum valor nostálgico mas nem sequer o uso do Move lhe dá qualquer sabor.

4 / 10

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