Tokyo Jungle - Análise

O "tutorial" representa a oportunidade perfeita para conhecer e executar as principais ações de ataque e de defesa. Estes processos dependem do tipo de animal que estejam a controlar. Se se tratar de um herbívoro naturalmente que não vão atrás da carne. Ervas, frutos e folhas de algumas plantas constituem a ementa principal desta classe animal. Isso e água que existe nos pequenos lagos artificiais criados pela força da chuva. Já se controlarem um tigre ou um dinossauro (dentro de segmentos particularmente alargados) irão canalizar o vosso esforço para capturar carne suculenta e galinhas, coelhos ou gatos, pequenos pitéus que acabam em ossos numa questão de segundos.

Para caçar com sucesso há que aplicar uma atitude furtiva, tirando partido da área envolvente para se aproximarem das presas, evitando que sejam detetados visualmente. Assim que o ícone de assalto se acende, pressionando de seguida o botão R1 conseguem realizar um ataque rápido e letal. A perspetiva tridimensional do jogo permite ter um bom ângulo de visão. De ângulo fixo, gera algumas dificuldades quando se aproximam de uma presa ou de um animal superior e inadvertidamente podem assustá-la ou ficarem numa situação complicada.

Para repelir ataques de inimigos maiores podem sempre reagir no momento do ataque, respondendo através de uma manobra evasiva. Muitos dos ataques de que os nossos animais são vítimas são provocados por criaturas maiores e das quais importa escapar para algum ponto do cenário. Usar uma caixa de cobertura como sucede na série Metal Gear é outra solução.

A quantidade de animais presentes no jogo é um dos pontos de maior relevo. Mais de meia centena distribuídos por diversas categorias. Os dinossauros estão presentes e conduzem a ação ao nível de um Godzilla revive Tóquio. Depois há tigres, diversas raças de cães, lobos, hienas, crocodilos, chimpanzés, entre muitos outros.

"Tokyo Jungle é um jogo bizarro e improvável que só pode ser percebido à luz dos padrões de produção nipónicos mais arrojados."

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Um dos elementos peculiares do jogo é a possibilidade de procriação. Depois de conquistarem uma zona da cidade (deixando a marca em pontos assinalados no mapa) terão de encontrar o oposto para dar origem a rebentos e garantir que o testemunho transita para um dos filhos e que por eles a sobrevivência prossegue. No mapa fica assinalado o ninho onde os animais irão acasalar e é curioso que quanto a isto os produtores foram ao ponto de descrever parte do ato de acasalamento.

O modo survival é um modo de sobrevivência mais alargado, no qual o jogador dispõe de um tempo limite para cumprir uma série de objetivos. Existe uma curva de dificuldade ascendente e por cada desafio superado mais pontos de experiência são obtidos. É possível obter roupa e vestir alguns dos animais. Afinal estes ficam sujeitos às agruras do tempo, vírus e parasitas que lhes sugam a vida mais depressa. Uma linha temporal revela a idade dos animais, sendo importante estabelecer aqui uma filiação já que a perspetiva de vida para os cães é de 15 anos (embora a idade dependa do animal em questão).

Graficamente Tokyo Jungle alcança uma dimensão satisfatória. O design é interessante, mas a fraca resolução limita a experiência. A transição do dia para a noite e os efeitos climatéricos como chuva e poeiras adensam o realismo. Em termos sonoros não é uma banda sonora que fique muito tempo no ouvido, ainda que sons emitidos pelos animais funcionam melhor. Por último ainda existe uma tabela de liderança mundial para que possam situar a vossa progressão dentro do modo "survival".