Total War: Shogun 2
Cada vez melhor.
É esta combinação de estratégia de gestão com o calor das batalhas que conferem a qualidade dos jogos desta série, e em Shogun 2 isso é mais que evidente. Gerir um Império nunca foi tão complexo, temos múltiplas opções e combinações para levar avante a nossa tarefa. Temos que saber balancear os gastos com os recursos que temos, pois podemos muito rapidamente passar de um Clã próspero para um total descontrolo orçamental.
Para além de controlarmos elementos terrestres, temos também que gerir frotas navais. Estas assumem em Shogun 2 um papel ainda mais preponderante que nos jogos anteriores. Temos que estabelecer rotas mercantes, patrulhar essas mesmas rotas contra os inimigos, interferir e bloquear as dos nossos rivais, e ao mesmo tempo transportar elementos das nossas forças para territórios longínquos.
Como já devem ter reparado, Shogun 2 é bem exigente no que toca à gestão. Temos que ter em atenção muitas variáveis para levar a bom porto os nossos intentos. Gerir as cidades, efectuar upgrades, estabelecer alianças, manter os habitantes com elevada moral, administrar recursos, orientar os exércitos, as frotas navais, etc... São realmente muitos pontos a ter em conta, e ainda temos as batalhas, tanto terrestres como as navais, que nos vão dar grandes dores de cabeça, são muitas horas a lutar contra os Clãs inimigos.
Agora chego à parte das batalhas, onde temos que comandar centenas de unidades contra as forças inimigas. Shogun 2 mantém-se fiel aos princípios utilizados pelos seus antecessores, e ao mesmo tempo eleva ainda mais a qualidade já patente. Pequenas adições fazem com que as batalhas sejam ainda mais colossais, mais intuitivas, e mais exigentes. Continua a ser impressionante a tarefa do jogador, comandar centenas de elementos, por vezes chega a ser caótico e desesperante.
Para os novatos, é imprescindível passar pelo tutorial do jogo, que é muito bom. Controlar exércitos tão vastos não é tarefa fácil, ajudando muito o tutorial nesse aspecto. Há que saber qual o comportamento de cada grupo, saber das suas vulnerabilidades e pontos fortes. É fulcral o posicionamento das unidades no terreno, saber flanquear o inimigo, entender o terreno de jogo e tirar partido do mesmo. Também temos um tutorial para a gestão do Clã, também ele importantíssimo.
Ainda nas batalhas terrestres, é de saber que temos agora pontos estratégicos a conquistar, também eles presentes no modo multijogador. Esses pontos estratégicos, que são edifícios, dão determinados upgrades às nossas forças. Uns elevam a moral, outros melhoram a rapidez com que se deslocam no terreno, e outros dão a possibilidade das unidades reabastecerem-se de munições. Como podem ver, também no campo de batalha a gestão marca presença, como sempre. Estudar o inimigo continua a ser vital, saber com que unidades avançar primeiro é meio caminho para a vitória.
Um dos momentos mais empolgantes nas batalhas terrestres é quando temos que atacar uma cidade e as suas fortalezas. Existem elementos importantes, como os Ninjas, que podem sabotar os portões para permitir a nossa entrada. Cada fortaleza possui pontos que podem ser conquistados por nós, para tal os nossos elementos sobem os muros para se colocarem em pontos que passam a ser controlados por nós. Um bom exemplo são os portões, que após estarem na nossa posse abrem-se para entrarmos com todo o nosso poder.
Mas claro que é tudo muito fácil na teoria, na prática é tudo mais complicado, já que o inimigo está quase sempre atento a tudo o que se passa. Disse quase porque algumas vezes a IA deixa um pouco a desejar, já que não poucas são as vezes que o inimigo fica com unidades completamente imóveis, enquanto conquistamos a fortaleza. Outro momento estranho é quando atacamos com arqueiros e verificamos que em certas ocasiões as unidades inimigas não se mexem, ficam à nossa mercê, incompreensível.