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Toukiden: The age of Demons - Análise

Eis que chega ao ocidente.

Lançado no Japão em 27 de junho do ano passado, Toukiden: The age of Demons chega agora à Europa para satisfação dos amantes de jogos orientais. Na altura o jogo provocou um disparo nas vendas da PlayStation Vita em terras do sol nascente, sucesso que eventualmente convenceu a Tecmo Koei a publicá-lo também aqui no ocidente. O desenvolvimento do jogo nasceu da colaboração entre a Sony Computer Entertainment Japan e a Tecmo Koei e teve direito a uma prequela em manga denominada de Toukiden Woniuchi.

À primeira vista o jogo parece um clone de Monster Hunter, depois quando começamos a jogar, continua a assemelhar-se imenso com o título da Capcom. Nos ambientes, nas armas, no combate, mesmo na estrutura dos ambientes numerados e na forma que transitamos entre eles à medida que perseguimos os objectivos das missões. É impossível não identificar as semelhanças, o jogo não tenciona sequer disfarçá-las.

Gostei da forma que somos introduzidos à história, numa mistura entre RPG ocidental e oriental. Em Toukiden, NÓS somos o protagonista, podem dar-lhe nome, cor de pele, penteado, podem escolher a arma que querem masterizar e até o formato da cara. Depois a coisa vira mais para o tradicional jogo oriental, com as suas próprias personagens de personalidade muito vincada, e uma conjuntura de destruição iminente e para a qual nós parecemos ser a resposta.

Os eventos começam oito anos após o Awakening, um evento que arrastou as terras de Nakatsu Kuni para o caos e modificou a estrutura da sociedade. Onde outrora reinava a natureza, hoje impõe-se “Onis”, criaturas demoníacas que consomem a alma dos humanos. Os últimos redutos de civilização encontram-se nas Midlands, zona que é protegida por heróis denominados de “Slayers”, mestres na arte do combate e no domínio do poder de Mitama.

Mitama representa a alma de heróis caídos, uma espécie de ancestral que caíram às mãos dos demónios, e que vivem agora nos slots do nosso equipamento, ampliando o nosso próprio poder. Na prática isto significa um boost às nossas capacidades, seja de forma passiva com a mais rápida recuperação de recursos ou vida total, ou de um modo activo, quando no meio da batalha, invocamos o seu poder para um de quatro bónus adicionais. Os diferentes Mitama podem ser melhorados ou pacificados, no caso de querermos utilizar a ajuda de um espírito diferente.

O combate é bastante fluído, existe um sistema de “lock” no botão de ombro esquerdo, e alguma variedade nos golpes que temos à disposição. Visualmente é impressionante para um formato portátil, em particular durante as cinemáticas, que são uma constante e podem ser revistas na enciclopédia que o nosso companheiro Shusui faz questão de manter actualizada.