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Toy Story 3

Uma caixa com surpresas.

Com níveis e secções dirigidos para os três protagonistas em específico, terão no que respeita ao Buzz Lightyear uma espécie de “shooter” espacial, deflagrando com todos os meteoritos que se atravessam pelo caminho e desviando das paredes rochosas, antes de usarem a pistola laser na direcção de alguns oponentes à medida que atravessam porções de terra flutuantes.

Noutras ocasiões terão de ultrapassar secções onde impera o dever de espionagem e silêncio cada vez que avançam no terreno. Uma falha soa o alarme e têm de voltar a repetir tudo. Nesses níveis onde actuam as três personagens é importante ressalvar a possibilidade do modo co-operativo. Ou seja, podem ligar um outro comando para um vosso colega e beneficiar das características da personagem por ele seleccionada, sendo mais fácil cumprir o objectivo do que mover para determinado local e de modo independente cada personagem, sempre mais trabalhoso quando já se descobriu o segredo e o que se pretende é avançar depressa. Não é que isso seja particularmente exigente. Aliás, para lá das dicas sempre presentes cada vez que estiverem perante uma situação dúbia, poderão escolher a personagem que vos convier e identificar, pelas suas principais acções, se ela se enquadra na tarefa a desenvolver. Essas secções de jogo serão porventura as mais estimulantes.

Entreajuda ao máximo.

O tabuleiro do jogo permite activar as “zonas de escape”, pois como dissemos atrás Toy Story 3 está longe de se confinar a um jogo conduzido apenas pela narrativa. Interessante e convincente é a caixa de brinquedos (Toy Box). Nela poderão escolher uma personagem e cumprir uma série de objectivos infindáveis dentro de uma pequena cidade à boa moda do velho faroeste. O objectivo é coleccionar moedas e dinheiro para adquirirem novos espaços e atracções que convidem novos residentes e turistas, usando para isso uma série de ferramentas. A todo o instante chegam-vos várias solicitações dos residentes e sendo estas cumpridas ficam desbloqueados mais objectos, úteis para futuras missões. Estas são de todo o tipo imaginário: desde pintar edifícios, caçar larápios e devolvê-los à prisão, erguer uma barbearia, vestir os residentes, encontrar vacas perdidas. É impressionante e infindável o número de tarefas que podem cumprir. Mas a qualquer altura podem sair da “Toy Box”, gravar a progressão e entrar nos níveis do argumento.

Toy Story 3 não impressiona pela criatividade, detalhe e organização das áreas. Geralmente previsível a interactividade prima pela simplicidade onde facilmente se vislumbram os segredos, se resolvem puzzles e se activam mecanismos. Contudo convence especialmente na captação e reprodução do espírito das películas animadas, com vozes extraídas directamente dos actores num registo humorístico e empolgante.

Artilharia da pesada.

Toy Story 3 revela um inevitável esforço por parte dos produtores em acrescentar mais conteúdos para lá do tradicional peso no argumento ligado ao filme. Embora não se distancie daquilo que é normal encontrar em jogos deste género ao nível da interacção e reprodução de áreas, é igualmente indiscutível o público-alvo deste tipo de iterações e a tentativa de fazer um desafio ajustado. Para os mais pequenos acaba por ser interessante e ainda tem a vantagem de entregar inúmeros desafios e coleccionáveis (para lá do tradicional modo ligado à narrativa) do agrado de quem queira esmiuçar as opções presentes. Apesar da simplicidade nos desafios e processos de interacção ao mais básico consegue convencer na empatia e vocalização das personagens. Para a pequenada uma caixa de brinquedos é sempre uma festa.

7 / 10

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