Transformers: Fall of Cybertron - Análise
É tão bom que desta vez não sentimos a falta da Megan Fox.
Poder observar Cybertron em plena guerra entre Autobots e Decepticons é uma sensação fantástica, porém, há uma coisa ou outra que puxam a experiência para baixo. O aliasing na versão PlayStation 3 é inicialmente insuportável. Pouco a pouco, os olhos vão-se habituando, mas o primeiro impacto é violento. Ademais, nem sempre a escala de Cybertron é representada da melhor forma. Os níveis são demasiado fechados e os Transformers mais parecem formigadas controladas num viveiro.
Uma campanha que deliciará qualquer fã de Transformers não é tudo o que recebem quando compram Fall of Cybertron. Uma componente multijogador equilibrada e viciante também faz parte do pacote. O que agradará principalmente aos fãs dos Transformers é a personalização da sua personagem para o multijogador. Entre as diferentes classes poderão escolher as varias partes que constituem o corpo de um transformer e acabar com uma pintura de duas cores. Não há uma liberdade total de criação, mas as opções dadas estão dentro do razoável.
Nos modos disponíveis no multijogador existem quatro escolhas: Team Deathmatch, Conquest, Capture The Flag e Head Hunter. Já devem estar familiarizados com os três primeiros, dado que são bastante comuns em outros jogos com multijogador. Chamo a atenção para o último modo, Head Hunter, que é diferente do habitual. Neste modo ao eliminarem outro jogador vão recolher uns fragmentos chamados "sparks". Para que a equipa possa pontuar, terão que levar estes fragmentos a pontos do mapa que mudam de lugar constantemente. Se morrerem pelo caminho, o responsável ficará com os vossos fragmentos e pontuará ainda mais. É um modo onde arriscar pode recompensar ou não.
Antes de cada sessão, terão que escolher entre quatro classes distintas de Transformers: Infiltrator, Destroyer, Titan e Scientist. A primeira é bastante pequena e ágil, mas tem um poder de fogo muito limitado, assim como o Scientist, que tem a capacidade de se transformar num veículo voador, porém, é bastante vulnerável num confronto frente-a-frente. Titan é uma autêntica máquina de guerra com poder de fogo elevado. O seu "mas" é a lentidão. Por fim, o Destroyer é talvez a classe mais equilibrada da quatro e que se adapta a qualquer mapa.
Todos os mapas são enormes, contudo, apenas há suporte para 12 jogadores ao mesmo tempo (6 Autobots e 6 Decepticons). Os combates seriam mais frenéticos e caóticos com 16 jogadores. Ao menos há espaço suficiente para percorrer os mapas a alta-velocidade sem colidir com ninguém. Há classes que se dão melhor em determinados mapas. Há um mapa em particular que é completamente fechado, pelo que ser um Scientist não terá grande vantagem.
Cada uma das classes pode evoluir até nível 25, e pelo meio podem ser melhoradas com armas alternativas e diferentes perks. Com a progressão de níveis, acabará por ser desbloqueada uma habilidade diferente daquela disponível inicialmente. No caso do Scientist, poderão optar por escolher um robô de combate em vez da habilidade de curar os membros da vossa equipa.
"Uma campanha que deliciará qualquer fã de Transformers não é tudo o que recebem quando compraram Fall of Cybertron. Uma componente multijogador equilibrada e viciante também faz parte do pacote"
No que toca ao desempenho do multijogador, apenas notei que existe um problema com a migração de servidor. É comum o jogador ficar eternamente num ecrã de loading à espera que a sessão multijogador recomece. Também pode acontecer a consola bloquear por completo. Relativamente à latência, não encontrei nenhuma.
No total, Fall of Cybertron oferece dezenas de horas de longevidade. A campanha conta com dois finais diferentes. No multijogador há o Prime Mode para desbloquear, que requer atingir o nível máximo com todas as classes. E depois há ainda o modo Escalation, que regressa de War For Cybertron. Neste modo vão combater contra ondas de inimigos cada vez mais difíceis. Pelo mapa vão encontrar novas áreas para desbloquear com o dinheiro ganho e armas para comprar. É um excelente desafio, e para chegar à última onde o trabalho de equipa é obrigatório.
Fall of Cybertron peca apenas por não representar uma grande evolução em relação ao seu antecessor, o que acaba por não ser um motivo forte o suficiente para ficarem de pé relativamente a esta sequela. Se procuram uma boa dose de Transformers, é precisamente o que vão encontrar em Fall of Cybertron. É garantido que não vão ficar desiludidos. Com o capítulo de Cybertron terminado, agora resta esperar que os High Moon Studios possa explorar novos capítulos entusiasmantes no universo Transformers.