UE explica porque aprovou a compra da Activision
"É o nosso dever".
Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia, partilhou uma explicação sobre a aprovação da compra da Activision Blizzard e os pontos nos quais não concordam com a CMA, a autoridade da concorrência no Reino Unido.
Vestager disse que "o controlo sobre as fusões é, por natureza, um exercício sobre olhar para o futuro. Mas esse poder significa desafios e para tornar as coisas mais complicadas, para os negócios globais muitas autoridades estão, ao mesmo tempo, a prever o futuro."
"Claro que cooperamos, mas por vezes não concordamos. Há menos de uma semana, aprovamos o negócio entre a Microsoft e a Activision, enquanto a CMA decidiu bloquear."
Vestager diz que estas entidades não se podem preocupar com as mensagens que serão tiradas das decisões e acredita mesmo que uns defendem que se deve bloquear tudo e outros defendem que tudo deve ser aprovado. Segundo diz, existe um meio termo e não se podem preocupar se vão ser vistas como muito duras.
Segundo defende, vão existir casos em que os problemas com a concorrência não poderão ser resolvidos com a venda de partes do negócio e o mercado "não ficará necessariamente melhor se bloquearmos a fusão."
Para a Comissão Europeia, o negócio entre a Microsoft e a Activision, com as devidas concessões, é um "desenvolvimento positivo" e Vestager diz que quando olharam para diversas informações, constaram que a Sony vende quatro vezes mais consolas do que a Xbox e que a Microsoft "não daria um tiro no pé ao parar de vender os jogos Call of Duty à maior quantidade de jogadores na PlayStation".
Com o negócio, os jogos da Activision vão começar a surgir nos serviços na nuvem e isso significará mais oportunidades para mais jogadores, sendo essa a missão da UE, "encontrar soluções que mantêm o jogo justo para todos os jogadores."