Ultimate Marvel vs Capcom 3 - Análise
Inevitável sequela revela novo panteão de lutadores.
É verdade que uma das criticas apontadas a Marvel vs Capcom 3, por comparação com a versão 2, dizia respeito à menor quantidade de lutadores presentes. Inicialmente apenas 36, foram depois acrescentados mais dois lutadores através do sistema DLC. Apesar disso, o "roster" ficou aquém do esperado. Tendo isso em mente, a equipa de Ryota Niitsuma tenta nesta versão Ultimate estancar o problema ao juntar mais doze personagens, seis do mundo Capcom e outras tantas da "Marvel Comics".
Eu gosto de encontrar muitas personagens num jogo deste género, mesmo se nem chego a usar mais do que cinco (contando com os suplentes para mudar de estratégia) para toda uma geração de confrontos. Pelo menos de forma a retirar proveito de uma equipa que possa lidar bem. E isso agrada-me porque no meio de tantas opções posso sempre formar uma equipa equilibrada com muitos elementos de escolha, dotando-a de pontos fortes que me permitam anular a estratégia do adversário. De outra forma seria penoso ou arriscado. Assim sempre poderia tentar humilhar o adversário usando a equipa dos anões (Viewtiful Joe, Arthur e Rocket Raccoon), ou então recrutar os impiedosos e colossais (Sentinel, Hulk e Nemsis T-Type). A possibilidade de sair vitorioso não repousa inteiramente na dimensão dos protagonistas, nem na técnica de martelo constante dos botões, estratégia recorrente de jogadores novatos que não deixa de pôr jogadores experimentados à beira da derrota. É a vida assim em Marvel, contar com o inesperado. Porque ter a liberdade de formar uma equipa com tanta oferta, recorrendo a estilos de combate bem distintos, é um mérito que está do lado da Capcom.
Os novos lutadores de Ultimate emprestam outra dimensão e sobretudo irão colocar novos elementos que muitos jogadores vão passar a incluir nas suas equipas. Por exemplo, combinar os anteriores Wolverine e Dante com Firebrand (o boss de Ghouls'n Ghosts) resulta numa tripla fortíssima, com bons assists e combos. Há outras importantes novidades. Na Capcom poderão escolher Frank West, o repórter fotográfico e herói de Dead Rising, o Ninja Strider Hiryu regressa de Marvel 2, Vergil (um dos jogadores mais solicitados nos combates on-line) e o muito pedido pelos fãs e procurador mais conhecido dos videojogos Phoenix Wright (Ace Attourney) que chega a Ultimate com uma série de combinações baseadas em provas e objecções.
Do lado Marvel, Ghost Rider parece-me ser o lutador mais icónico. Haverá quem arrisque colocar na sua equipa o Rocket Raccoon, muito eficaz com armas de fogo, embora Hawkeye tenha impressionantes combinações. O ramalhete é ainda formado por Doctor Strange, Iron Fist e Nova. Muitos jogadores sentir-se-ão mais familiarizados pela nova bateria de lutadores da Capcom. Strider é incrivelmente rápido e uma jóia de se usar, assim como Vergil será um ímpeto para "spam" constante. Firebrand tem tudo para se tornar num "main" de muitas equipas. Vê-lo-emos abundantes vezes. Depois, entre Frank West e Phoenix Wright haverá quem dê mais oportunidades ao primeiro. Se conseguirem fazer Objection Phoenix Wright abre potenciais combinações. Embora difícil não será tão fraco como se pode pensar. Por fim NemesisT-Type é um colosso com bastante capacidade de manobra.
Ghost Rider será o lutador a ganhar mais relevância da equipa Marvel. A seguir destacaria Rocket Raccoon, muito rápido e eficaz. Bem usado não dá grande margem de actuação ao adversário. Uma surpresa este lutador. As restantes personagens enquadram-se relativamente em alguns de outros estilos de combate presentes, embora a sua exploração seja um ponto a ter em conta para quem pretenda renovar a equipa. Nesse caso Doctor Strange e Iron Fist serão dois bons substitutos.