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Ultra Street Fighter II: Final Challengers - antevisão

Violent Ken junta-se aos vilões da fita.

Por ocasião da apresentação da Nintendo Switch, a Capcom foi uma das grandes produtoras japonesas que demonstraram apoio à nova consola da Nintendo, através da produção do jogo Ultra Street Fighter II: the Final Challengers, com lançamento previsto já para a próxima semana. Street Fighter é uma das grandes séries desta produtora bem como uma das mais importantes franquias dos jogos de luta. Depois do excelente ressurgimento em 2008 marcado pela entrada de Street Fighter IV, as coisas já não correram tão bem com Street Fighter V, a derradeira evolução da série.

Para a Nintendo Switch, a Capcom, por enquanto, optou por recuperar a linha clássica 2D da série, da qual saíram grandes jogos como Street Fighter Alpha 3, Street Fighter III Third Strike e Super Street Fighter II the Grand Master Challenge (a versão japonesa de Turbo para o ocidente). Tendo lançado em 2008 Super Street Fighter II Turbo HD Remix, pela mão da Backbone Entertainment, na altura com gráficos usados pela Udon Entertainment, em exclusivo para a PS3 e Xbox 360, a Capcom voltou ao comando da produção, desenvolvendo para a consola híbrida da Nintendo a versão definitiva do clássico Super Street Fighter II Turbo, rebaptizada de The Final Challengers.

Se a consola da Nintendo receberá no futuro nova edição, veremos, até porque essa possibilidade seguramente dependerá da performance do actual jogo. Apesar de gostar muito do grafismo de SF Alpha e dos sprites detalhados de Third Strike, a versão japonesa de SSF II Turbo ainda é a minha favorita, a correr no formato arcade, também conhecido por CPS2.

Violent Ken e Evil Ryu emparelham esforços na opção Buddy Battle, na qual dois jogadores podem enfrentar um oponente controlado pelo computador. Ambos partilham a mesma barra de vida.

Em termos gráficos, as comparações com a recuperação criada pela Backbone Entertainment é grande. O jogo permite a transição entre dois formatos (clássico com barras laterais), enquanto que no formato alta definição apresenta-se em modo "wide", um regalo por isso para os olhos. De resto, os visuais são muito próximos dando a entender que grande parte desse trabalho foi aproveitado. Basta uma observação atenta para se descobrirem aproximações no traço das personagens e no capítulo das animações e "sprites".

Sem querer alongar demasiado nesta antevisão, até porque vamos publicar o nosso veredicto na próxima semana, o destaque vai para as novidades e sobre que novos conteúdos poderão encontrar neste intemporal jogo de luta. Tal como o nome indica estamos perante aquela que se afigura como a evolução final, da qual fazem parte duas novas versões dos "shotos" Ryu e Ken; Violent Ken e Evil Ryu. No fundo, estes dois heróis apresentam-se no formato vilão, mergulhados no poder Hadou que não só lhes possibilita a criação de novas combinações e golpes devastadores como um Super Combo devastador.

Projectando mais alguma diversidade em termos de golpes e requerendo aprendizagem, até porque ao mais alto nível, o esforço exigido é muito alto. Felizmente a Capcom não introduziu nenhum daqueles sistemas de pagamentos nefastos como aconteceu em Street Fighter V, o que significa que não terão de pagar mais por conteúdos adicionais. Já o modo Way of the Hado é uma das concessões mais generosas e arriscadas que vejo a Capcom fazer desde que optou por lançar a versão Street Fighter IV na 3DS com comandos simplificados. Trata-se de um modo que visa aproveitar o potencial da tecnologia por movimentos instalada nos Joy-Con, mas quando se esperava uma evolução do que vimos nos jogos por movimentos da última década, parece que a Capcom ainda está a dar os primeiros passos nesta tecnologia, tal é a dificuldade em assegurar um desafio equilibrado neste modo.

Way of the Hado é o novo modo de jogo que deixa realizar icónicos golpes da lendária personagem Ryu com recurso ao sistema por movimentos.

Basicamente podemos realizar uma série de golpes na primeira pessoa: do Hadouken (bola de fogo), passando pelo Shoryuken (punho e fogo) e Tatsumaki Senpukyaku (rotação do corpo no ar com o joelho elevado). O objectivo é realizar estas acções através dos movimentos respectivos, atingindo as vagas de tropas Shadaloo que invadem o ecrã. Se formos rápidos e certeiros galgamos fases, mas tudo está longe da realização perfeita. Conseguir os movimentos certos é por vezes uma dor de cabeça e a repetição destes golpes, bem como a simplicidade das mecânicas podem causar algumas dificuldades.

Como foi já referido atrás, a mudança que podemos operar entre grafismo clássico e actual, em alta definição, é interessante e será até mais decisiva para os combates tradicionais ao mais alto nível. Em termos de arte e conceito, têm acesso a uma opção que vos deixa consultar imagens das personagens ao mesmo tempo que escutam os vossos temas favoritos ou redescobrem uma das melhores bandas sonoras (o tema atribuído a Guile é um clássico que nunca nos cansamos de ouvir).

É compreensível a decisão da Capcom em contemplar um modo dedicado aos comandos por movimentos, mas creio em fase da implementação e do público que acederá a esta versão, a inclusão de "trials" à semelhança da versão SF IV e V teria sido muito bem-vinda e uma óptima forma de introduzir as novas audiências às mecânicas de SF. Por enquanto ainda não pudemos testar as funcionalidades online pelo que todas lutas foram operadas contra o computador. Na próxima semana publicaremos o nosso veredicto e examinamos à lupa o retorno de um clássico às consolas da Nintendo.

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