Um pouco mais de Forza
Em tempo de acesa competição automóvel.
Não é que seja mau, mas em Forza 2 a relação potência do carro e influência do peso e afinação na entrada para uma curva permite dosear com outro entusiasmo a passagem do carro nos limites. E mais que isso, dependendo do tipo de classe em que o carro esteja inserido o comportamento é variável. Por exemplo um carro da classe R1, devidamente afinado para a pista em apreço, papa as curvas abertas de alta velocidade como quem devora um gelado numa tarde de praia.
Mas uma pequena sacudidela na traseira, uma entrada na curva fora da linha da trajectória e pode ocorrer uma ida à relva capaz de deitar a perder toda uma preparação. E o melhor é que nas competições em rede, com os colegas da friends list, desde que se trate de gente séria, é possível fazer corridas de cortar a respiração, sempre de prego a fundo. Pese embora ocorram alguns toques, a física eleita pela Turn 10 é de tal modo elaborada, que só um despistado mental pode instalar o pânico na primeira curva após a partida, quando todos seguem praticamente dentro do mesmo segundo.
No quadro glorioso de Kazunori, um simulador de corridas de automóveis deverá despertar o interesse pela competição e não apenas o mero interesse de uma volta individual num convite à apreciação dos detalhes. Porque quando se trata da competição em rede o resultado de GT5 roça o desânimo, por mais contendores que hajam em pista.
Há mais de um ano que Forza 2 está no mercado, mas assim que me devolveram a 360 devidamente consertada, nem hesitei quanto ao jogo que testaria o arranjo. Abri no velho Nurburgring, arrebatador como sempre, até que após umas voltas soltas fixei numa sala onde ingleses de comportamento nobre rasgavam a alta velocidade na classe de veículos R1. Escolhi o velhinho Peugeot Sport de Le Mans, de traseira à solta e ruído genuíno para bons minutos de severa competição. Foi vinho com sopa e houve domingo com missa.