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Uncharted 3: Drake's Deception

O início de uma aventura fantástica.

Este é o mote para todo o enredo de Uncharted 3: Drake's Deception, mas tal como os últimos dois jogos, nem tudo parece o que é. Para além das adversidades naturais do deserto Rub'al Khali, Nathan terá como inimigo uma sociedade secreta que fará por tudo para impedir que tenha sucesso. Será que esta sociedade está atrás do mesmo que Nathan Drake? Ou estará antes a querer esconder algo? Ainda não sabemos.

Esta é uma ponta do icebergue dentro de toda a história do novo Uncharted. Mas falar de um jogo Uncharted é falar mais do que o seu enredo, mas também de toda a sua componente tecnológica. Se os dois anteriores projectos criaram um novo nível de qualidade, Uncharted 3: Drake's Deception elevará a fasquia ainda mais alto. Esqueçam todos os vídeos gameplay e trailers, ao vivo é tudo completamente diferente. Para muito melhor.

O nível apresentado foi o já conhecido Chateau em França, um local onde o próprio Lawrence esteve. Aqui Nathan vê-se bloqueado com Sully num edifício em chamas. Algo que chama a atenção são as novas animações das personagens, principalmente as deslocações laterais, e uma maior fluência nas escaladas e saltos. A equipa de produção não deixou de querer destacar que tudo isto é fruto do seu novo estúdio de captura total de movimentos situado em Culver City, nos EUA.

Muito melhor ao vivo.

A atenção dada ao detalhe é levada a um novo extremo. Coisas como efeitos de partículas, fogo a subir, e destruir a madeira são já dados adquiridos. Em Uncharted 3 tudo parece ter sentido, criando um plano geral de acontecimentos que nos deixam em constante stress, pois não sabemos o que irá acontecer. Está sempre algo a acontecer, retirando a monotonia que um jogo linear poderia trazer.

Uma das grandes melhorias neste novo jogo é na verdade o seu ambiente e a ligação que a personagem tem com ele. A madeira que fica queimada tem um comportamento diferente, como por exemplo na forma que se comporta com os tiros. Ou no que respeita aos ataques melee, onde tudo se desenrola consoante o momento e a sua contextualização. Foi interessante ver, referente a este último aspecto, Drake a empurrar um inimigo contra a parede com o seu braço, e a dar um murro com a mão direita enquanto segurava-o com a mão esquerda. Tudo é agora muito mais credível e extremamente delicioso de ver.

Poderia escrever imensas palavras sobre o aspecto gráfico, mas nada como ver ao vivo aquilo que a Naughty Dog tem preparado. Ok, talvez a enorme Bravia e o fantástico sistema sonoro da Sony tenha ajudado a criar o ambiente propício, mas posso afirmar que estamos perante uma obra de arte fantástica.

A banda sonora representa uma parte extremamente importante em toda a acção. Uma orquestra debita decibéis de pura magia audível, em conjunto com uma jogabilidade excelente e fluidez de toda a acção. Poucos serão os jogadores que não se renderão a um pequeno vislumbre de Uncharted 3, pois tudo está para melhor.

Entre as melhorias estão as texturas, as cores e principalmente as ligações dos materiais. Agora Drake consegue ligar-se melhor com todas as estruturas bem como ser mais credível na forma que actua. Neste nível também pudemos ver as melhorias nos efeitos de luz, muito devido aos vermelhos do fogo das chamas. Existe uma zona onde Nathan se encosta a uma parede com chamas em baixo, realçando todo o poder do motor de jogo. Todo o corpo e face de Nathan é influenciado pelas chamas quentes, em diversos níveis. Simplesmente delicioso.

Muito mais poderia falar sobre o novo jogo da série Uncharted, mas temos que ver mais, muito mais. Sabemos daquilo que a Naughty Dog é capaz, sabemos que este é um dos melhores motores de jogo para a PlayStation 3, e que já está neste estado, bem melhor que o segundo jogo. Agora falta apenas perceber até que ponto o estúdio conseguiu elevar a capacidade narrativa, o factor surpresa e principalmente a credibilidade de todo o enredo.

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