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Untold Legends: Dark Kingdom

Untold Legends: Dark Kindom é um RPG de nova geração que se segue a duas versões outrora lançadas para PSP, no entanto não tem nada em comum com as suas primogénitas para além do nome e do estilo Hack e slash que com certeza fará os fans esmagar botões e estragar comandos, não pela excentricidade do jogo mas sim porque neste estilo são inúmeros os inimigos que teremos que enfrentar ao mesmo tempo.

Este jogo foi incluído no line-up inicial da consola como um dos jogos online mais divertidos para o lançamento da consola, a verdade é que realmente é divertido realizar toda a acção do jogo via online com um amigo, o problema é que durante o jogo nem vamos ter a noção de que estamos a jogar com quem quer que seja, pois falta um modo de comunicação mais eficaz que normalmente se espera nestes jogos, a única maneira de comunicarmos com o nosso parceiro é através de um modo de escrita um pouco básico, que por sinal contém contem alguns bugs que modificam a escrita, neste caso a inclusão de uma opção para falar através de um microfone ou headset seria o ideal.

Fora este problema o modo online corre perfeitamente, sem qualquer tipo de lag a acrescentar àquela que já existe no modo normal, mas a verdade é que este modo online não acrescenta absolutamente nada ao jogo, a única opção que tem é realizar a acção do jogo entre 2 a 4 jogadores, por essa razão devia ser encarado como um modo multiplayer, pois para quem preferir jogar o modo aventura sozinho este modo é inútil. Um dos maiores problemas da componente online é aquilo que devia ser o mais fácil de fazer, entrar no modo online, somos várias vezes confrontados com diversas mensagens de erro, mas uma vez que tenhamos entrado no modo online, ao contrário de certos jogos, neste até é bastante fácil encontrar um amigo, bem como criar um jogo.

Falando agora do modo aventura, os heróis partem numa missão ao serviço do rei, consistindo em abater um líder bárbaro e restaurar a paz no país. Existem 3 heróis, dos quais poderemos escolher 1 para controlar desde o início da aventura, um deles é Golan, um guerreiro que tem um martelo gigante para devastar tudo o que lhe aparece à frente, é o mais forte de todos no que toca a estrutura física. Existe também Malakesh, um feiticeiro com poderes de veras interessante, o seu ponto forte é a magia e os feitiços, e para finalizar a bela Zala, possuidora de uma espada e combatendo com grande agilidade.

Conforme avançamos a aventura vamos poder evoluir as nossas personagens subindo níveis, a cada nível podemos acrescentar pontos nas suas características, evoluindo assim a nossa personagem em parâmetros como a vida, mana e magia, para além disso vamos ganhando também poderes mágicos com qualquer que seja as personagens. Temos ainda a possibilidade de encontrar novos equipamentos que aumentam as nossas características, nomeadamente a defesa, ou ainda combinar poderes para criar uma melhor arma de ataque.

O grafismo do jogo é um pouco variado, se existem coisas tão bem detalhadas que nos vão espantar, existem também outras ficam muito a desejar, as armaduras e roupas englobam-se no grupo das que são capazes de nos espantar, principalmente quando acedemos ao menu observamos uma personagem com texturas incríveis e extremamente detalhadas, mas não só, durante o jogo as personagens também estão muito bem detalhadas, bem como os ambientes, podemos até dizer que é das melhores coisas do jogo, as texturas dos elementos gráficos e dos níveis são muito boas e podemos ver bastantes bons pormenores aqui e ali. Mas se as texturas são boas, os modelos das personagens já não, nomeadamente as suas expressões, são pouco realistas e os inimigos actuam de forma estranha, ou seja, os modelos e os movimentos dos mesmos parecem saídos de um jogo de Playstation 2.

Jogabilidade, aqui recai o maior problema do jogo, não há praticamente nada que se possa elogiar, existem dois tipos de câmara, uma vista por cima e uma na terceira pessoa, mas nenhuma destas é das melhores, visto pelo ar não temos noção do que nos rodeia, e na terceira pessoa, que é a câmara apropriada para o jogo, somos constantemente barrados pelos cenários, desde paredes a arvores, tudo nos vai impedir a visão correcta do jogo, especialmente quando estamos em locais fechados a câmara é um autentico embaraço. Para acrescentar a esse facto a nossa personagem fica inúmeras vezes presa no cenário ou esbarrada contra obstáculos.

A inteligência artificial é outro problema, lembram-se da demonstração do jogador de basquetebol da E3 do ano passado, pois é, tudo continua na mesma, em certas alturas a nossa presença é irrelevante para a actuação do nosso inimigo. Interactividade, quando veremos um jogo com uma boa interactividade com o meio envolvente? Até agora, de tudo o que nos foi mostrado, não há um jogo extraordinariamente surpreendente nesta vertente que parece esquecida pelos produtores.

Uma coisa boa neste jogo é sem duvida o som, as músicas realizadas pela Orquestra Filarmónica de Praga são muito interessantes e adequam-se ao jogo, não tanto aos cenários mas sim à história e ao ambiente épico. Já o voice acting é um descalabro, embora as vozes estejam bem feitas e enquadradas com as personagens, a sua fraca expressão derruba a qualidade desta vertente.

Contas feitas, Untold Legends: Dark Kingsom não tem nada de Next-Gen para além de um ou outro pormenor gráfico, e aquele que poderia ser um jogo de afirmação da série, torna-se apenas mais um título de fraca qualidade. Algo que salva este jogo é a possibilidade de multiplayer online, pois em single player este jogo tona-se aborrecido com o passar do tempo e devido a falta de inovação dos ataques das personagens, pois a maioria das combinações de ataques são aprendidas no inicio do jogo.

6 / 10

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