Viking: Battle for Asgard
Valerá a pena atender ao apelo dos Viking?
Viking: Battle for Asgard é um hack`n´slash, o que inevitavelmente nos obrigará ao martelar constante de determinado botão, ou botões. Mesmo com a possibilidade de aprender novos golpes, que oferecem maior variedade e aumentam a profundidade do sistema de combate, de nada servem quando o pressionar do mesmo botão resulta. Outra das ideias que o jogo apresenta mas com pouco impacto na jogabilidade são as mortes furtivas. Ao aproximar-se de um inimigo, Skarin entra imediatamente em modo furtivo e ao abordar um adversário pelas costas podemos despachá-lo sem resistência. Quando as conseguimos aplicar é útil, com um só golpe lá vai o inimigo, mas não são assim tantas as ocasiões que o vamos poder, ou mesmo querer, fazer. Um dos aspectos mais bem conseguídos deste sistema de combate, é a sua fácil aprendizagem e aplicação, aliás tudo em Viking parece fácil e acessível, para o bem e para o mal.
Para os adeptos de maior violência, o jogo oferece-vos uma prenda especial, muito violenta. Após aplicar alguns golpes a um inimigo, poderão usar um último golpe especial no qual a câmera irá aproximar-se da acção de maneira a que possam ver melhor os membros do inimigo a voar. Bom para aqueles que gostam de um pouco mais de violência.
Algo que nos desagradou foi a música, ou melhor dizendo, a falta dela. Todos sabemos como a música se tornou um dos grandes factores de envolvimento para com um jogo, e Viking mostra isso mesmo para depois nos negar. Durante as sequências que nos contam a história e nas grandes batalhas, a música surge e toma por vezes contornos épicos, algo que nos deixa empolgados e agradados. Os efeitos especiais e as vozes cumprem o seu propósito mas a ausência de música durante a maior parte do jogo torna tudo muito estranho. Especialmente porque nas secções em que surgem, tornam tudo mais agradável e intenso.
Se aliarem a isto a completa falta de carisma apresentada por Skarin, que começa calado e acaba mudo, então estamos perante um resultado um pouco estranho neste aspecto.
A longevidade deverá ser um dos maiores problemas que os guerreiros nórdicos enfrentam. Terminar a aventura poderá demorar algures entre 8 a 10 horas e mesmo que o jogo esconda a forte sensação de repetição e seja agradável de jogar pela primeira vez, será muito difícil que voltem a pegar no jogo.
Viking: Battle for Asgard apresenta algumas boas ideias e intenções, conseguindo por vezes ascender a mais do que um simples e banal hack`n´slash, comparado com outros é mesmo superior. No entanto não consegue apresentar qualidades e argumentos que o coloquem ao lado dos melhores e somente os fãs mais acérrimos do género devem pensar em adquirir este jogo.