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Warhammer 40,000: Space Marine

Morte aos orks!

Warhammer 40,000: Space Marine representou algo complemente novo para a Relic. Para além de não estar habituada às consolas (apenas produziu The Outfit para a Xbox 360), nunca antes tinha criado um jogo fora do género da estratégia(ok existe um antigo nem lançado), algo em que já provou ser perita. Mas se há alguém indicado para produzir um jogo de Warhammer, é a Relic. Afinal foi esta produtora que trouxe-nos Warhammer 40,000: Dawn of War, a respetiva sequela e expansões.

Space Marine é um jogo para quem não está interessado em estratégia e prefere sentir a emoção do campo de batalha em primeira mão. Para isso a Relic fundiu dois géneros, os third person shooters e os hack and slash, e digo desde já que é uma combinação que resulta perfeitamente. Digam adeus àqueles momentos estranhos que por vezes afetam os shooters, em que alguém aparece de repente à nossa frente e tentamos desesperadamente por a mira no lugar certo para disparar. Em Space Marine, quem aparecer à nossa frente é esmagado pelo nosso martelo, ou cortado em pedaços com o nosso machado.

Esta mistura com os hack and slashes distingue-o no género dos TPS. Há quem diga que Space Marine não passa de uma imitação de Gears of War no universo Warhammer, e embora hajam algumas semelhanças (como o grande porte das personagens, embora estes sejam bem anteriores a Gears of War), é uma experiência diferente. Gears of War tem um ritmo mais lento, em grande parte devido ao seu sistema de cobertura. Em Space Marine, nem sequer há um sistema de cobertura, é completamente virado para ação e a palavra "recuar" não se encontra no seu dicionário. Depois também há elementos como o jetpack que encorajam a uma forma diferente de jogar.

A nível de controlos, a mistura de géneros não interfere. Disparamos nos gatilhos e utilizamos combinações entre o quadrado e triângulo para combos hack and slash (versão PS3). Para isto, podemos escolher três armas, uma combinação entre uma espada e uma moto-serra, um machado e um martelo gigante. Esta última é a mais poderosa das três, mas impossibilita a utilização de algumas armas de longa distancia, portanto, há vantagens e desvantagens a ter em conta.

A violência é abundante em Space Marine, e prova disso é a forma como podemos acabar com os orcs. Quando estes estiverem fracos, é possível acabar com eles com um finisher, que varia de arma para arma e de inimigo para inimigo. O resultado final é sempre gritos de dor e sangue por todos os lados. Os tiros na cabeça são igualmente violentos e explícitos, ouvimos e vemos o crânio a desfazer-se.

Apesar da armadura pesada dos Space Marines e de um campo de energia protetor, não duramos muito no meio de uma manada de orks. Algumas partes do jogo conseguem ser bastante desafiantes. O campo de energia regenera-se se não sofrermos danos durante uns segundos, mas conseguir isto quando estamos rodeados de orks não é fácil.

Na campanha controlamos Captain Titus dos Ultramarines, um veterano de guerra que conta já com mais de 150 anos de serviço ao imperador. Titus e dois dos seus camaradas são enviados para o planeta Graia que foi invadido por Orks. A nossa missão neste planeta é simples, resgatar uma tecnologia incrivelmente poderosa. Naturalmente, uma boa parte da campanha será passada a massacrar orks, que atacam às manadas (como se chama um aglomerado de orks?), e a ajudar as forças imperiais. Pelo meio, há um bom twist que mantém as coisas interessantes. Em suma, a campanha é sólida, oferecendo uma boa estória para os fãs do universo e com uma duração de aproximadamente oito horas.