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Wet

Trabalhos sujos.

Em 2008 a Activision Blizzard anunciou que WET iria ser cancelado junto com outros jogos, mas a Artificial Mind and Movement revelou que o jogo não seria cancelado devido ao seu avançado estado de desenvolvimento. WET pode ser traduzido como molhado, encharcado, chuvoso ou até húmido. Quem não conhecesse o título pensaria em outro género de jogo, mas WET é um eufemismo de WETWORKS, ou seja, um trabalho sujo ou uma tarefa que envolva molhar as mãos com sangue.

O jogo parece ser artisticamente inspirado em filmes de Quentin Tarantino ou Robert Rodriguez com os menus, música e até as personagens muito parecidas com os seus filmes. WET também tem como inspiração em jogos como Max Payne e Stranglehold, utilizando a sua mecânica de combate e o uso de Bullet-time.

Para o Trabalho Sujo temos a sexy e mortífera Rubi Malone, que inicialmente é contratada para recuperar no mercado negro um coração para salvar a vida de Rupert Pellum/Mrs. Ackers, um dos chefes do mundo do crime a pedido de seu filho delinquente. Um ano depois, esse mesmo criminoso pede a Rubi que resgate seu filho, tudo, claro, em troca de muito dinheiro. Uma história simples e banal que leva a nossa sensual Rubi por 12 capítulos cheios de violência, num mundo rodeado de bandidos e senhores do crime, que apesar de uma narrativa fraca, existem alguns momentos mágicos de tiroteios.

Na primeira missão, o jogo apresenta-nos todos os seus movimentos de ataque, como saltar, correr, saltar sobre uma parede, deslizar de joelhos, fazendo tudo isso ao mesmo tempo, disparamos sobre tudo e todos, ficando assim em Time Bullet, dando tempo para semear o caos e o terror sobre os nossos inimigos. Rubi usa duas pistolas, durante Bullet-time uma das armas faz mira automática num alvo próximo, aproveitando para poder usar a outra num inimigo diferente. Também usa uma longa espada, que pode ser usada para destruir caixas, para cortar alguns membros dos inimigos que faz com que o sangue esguiche dos seus corpos por todo lado.

Conforme vamos progredindo no jogo iremos desbloquear novas armas, como por exemplo caçadeiras, metralhadoras e arcos, todas elas, menos as pistolas, têm munições limitadas. Alterar de arma é fácil e rápido, apenas temos de carregar para cima ou para a direita no D-Pad e no final de cada etapa do título, o jogador é avaliado em três factores diferentes: hora de conclusão, acrobática e multiplicadores.

Rubi não está para brincadeiras.

Com base no desempenho nestas áreas serão dados pontos de estilo, permitindo a compra de upgrades para as armas e habilidades para Rubi. Para além disso, os múltiplos pontos ajudam Rubi a regenerar a energia, assim como as garrafas de Whiskey que encontramos pelo caminho, e quando activado o uso da garrafa, ela bebe um gole e lança-a ao ar e dispara sobre a mesma.

A jogabilidade é do género de Stranglehold com tiroteios cinematográficos, mas consegue ter muito mais movimentos e muitos deles de uma verdadeira ginasta, as habilidades de rubi são tão impressionantes que não sentimos dificuldade em matar os nossos inimigos, que muitas vezes são mais que as mães! Tudo muito rápido e eficaz e usando também a sua espada ela deixa um rasto enorme de sangue por onde ela passa, e no final só vemos corpos espalhados pelo chão, uma carnificina autentica fazendo-nos lembrar o filme Kill Bill. E isso não é bom? Mesmo depois de um dia de trabalho em que vimos chateados para casa com vontade de libertar o nosso stress em mil e um bandidos?

Sim, a ideia parece ser agradável, mas nem tudo são rosas neste WET, para mim foi como se me espetassem uma faca nas costas, tal era a curiosidade de experimentar este jogo. Mas a mecânica de combate tem muitos problemas, alguns dos seus movimentos são ridículos como por exemplo deslizar de joelhos tanto a descer como a subir degraus, sem estar em modo Time Bullet Rubi dispara muito mais lentamente, o que nos obriga a estar sempre aos saltos, portanto, se corrermos e disparamos os nossos inimigos custam em demasia a morrer.