Wet
Trabalhos sujos é com ela.
Em adição, também é possível utilizar uma espada de samurai, ideal para aquelas alturas em que estamos encurralados. E até a utilização desta não podia ser mais fácil, não sendo necessário andar a navegar desnecessariamente por menus para a eleger e basta carregar num botão para aplicar todos os golpes possíveis. Apesar de parecer simples de mais, a verdade é que temos realmente a sensação de poder ao utilizar esta arma, sendo impossível não esboçar um sorriso quando vemos as vísceras dos nossos opositores espalhadas pelo chão.
Este não é um jogo para ser jogador de forma convencional. A nossa melhor defesa é o nosso melhor ataque, sendo mais difícil passar os níveis se adoptarmos uma atitude calculista do que se o fizermos recorrendo à acção espontânea. Desta forma, temos de usar todos os factores a nosso favor, como as capacidades acrobáticas de Rubi, que fazem lembrar Parkour, as armas e a possibilidade de fazer combos. Enquanto testámos a versão disponibilizada, foram muitos os cenários praticáveis. Sendo impossível descrever todos, podemos mencionar um; Rubi precisa de passar por um corredor apinhado de inimigos. Aproveitando uma mesa partida como rampa, corre sobre a mesma, ganhando balanço para se agarrar a um tubo. Neste, enquanto gira em câmara lenta, aproveita para fazer “headshot” a alguns dos inimigos, para depois saltar e, durante a queda, sacar da espada de Samurai e trespassar mais alguns opositores mesmo antes de tocar o solo. É caso para dizer: estilo não lhe falta.
Não querendo ser monótono, Wet conta com secções de jogo distintas. Tivemos oportunidade de experimentar duas. Na primeira, Rubi, quando é salpicada na cara com sangue, entra numa espécie de modo indestrutível. O grafismo do jogo transforma-se por completo, mostrando todos os objectos e personagens a preto, branco e vermelho, assemelhando-se ao efeito de introduções de filmes de espiões. A nossa assassina torna-se praticamente invencível e, acompanhada por uma música punk, elimina todos os que se atrevem a atravessar o seu caminho. São secções de jogo curtas, mas bastante divertidas que vão certamente fazer a diferença. Já a segunda secção é bastante semelhante ao sistema que é possível encontrar em Pursuit Force, para a PSP, onde temos de saltar de carro em carro e eliminar os adversários que surjam. No caso do título da Bethesda, este trabalho é feito através das armas que Rubi empunha e por “quicktime events”, sendo também por intermédio deste último que vamos pulando por entre os veículos. Mas os “quicktime events” não são apenas utilizados nestas secções, sendo recorrente a utilização destes para, por exemplo, abrir portões, simulando a força que estamos a exercer.
O grafismo, segundo a produtora, tem como objectivo ter um aspecto pouco real, mais "cheesy". Ainda assim, é possível notar alguns detalhes bastante agradáveis, com bons modelos, tanto de cenários como personagens, diversidade de texturas e ainda grande fluidez.
Nos cenários é ainda possível encontrar zonas de bónus, que, se forem transpostas enquanto efectuamos uma combo vão, por exemplo, duplicar a nossa pontuação. Este factor é importante, já que na versão final do jogo vai existir a opção de fazer upgrade às armas. É ainda possível carregar connosco outras armas, como pistolas-metralhadoras e “shotguns”.
Wet tem ainda alguns meses de desenvolvimento pela frente, mas gostámos bastante do que jogámos. Com grandes doses de acção, este é o jogo que Quentin Tarantino gostaria de produzir, e nós estamos desejosos por meter as mãos na versão final.