WipEout 2048 - Análise
Nem tens tempo para gritar.
Estes efeitos provocam muitas vezes quebras na velocidade da atualização do frames, mas não posso deixar de admirar o trabalho feito pelos Studios Liverpool pela fantástica entrega a este respeito. Existem eventos ou objetivos onde podemos entrar no chamado Zona, em que temos que conduzir o mais tempo possível sem que a nossa nave fique completamente inutilizada. Percorremos desde a Classe C à Classe A+, atingindo a pontuação proposta inicialmente. Se conseguirmos ir mais além do exigido, podemos ser considerados Elite, ganhando mais pontos XP (também no modo carreira), que serão usados para subirmos de nível e desbloquear mais naves e eventos escondidos. Aqui o ambiente muda de algo "real" para um estilo psicadélico, com cores berrantes e básicas. No início a experiência parece interessante, mas quando chegam mais e mais objetivos iguais, tudo fica chato e monótono.
Este é um dos maiores problemas de WipEout 2048. Depois de cumprirmos com os primeiros eventos e objetivos, pouco ou nada muda para a frente. Chegar em X lugar, obter X pontos em corridas onde apenas conta a batalha e cumprir a volta mais rápida, e pouco mais. Pelo caminho vamos desbloqueando mais naves, isto dentro da equipa que escolhemos no início. Novamente não podemos alterar ou colocar novas peças, acessórios, pinturas, etc, nas nossas naves. Seria de esperar que um novo jogo fosse mais além e finalmente trouxesse este lado de mostrarmos a nossa veia artística e porque não termos uma nave totalmente diferente dos outros?
Os tempos de loading de cada evento são enormes, mas foi-nos referido pela Sony que a versão de teste não corresponde ao resultado final a este respeito, sendo que será bastante diferente. Mas desde que entremos num evento, reiniciar é bastante mais rápido.
Em termos sonoros, o jogo volta a brilhar. E não só na banda sonora. O uso de auscultadores é quase obrigatório para poderem retirar todo o partido do trabalho aqui entregue. O som de uma explosão sobre nós provoca um zumbido extremamente real, bem como quando usamos um escudo.
WipEout sem uma boa banda sonora não seria um jogo da série. As malhas são dentro do género eletrónica, muitas delas remisturadas de propósito para o jogo. Podemos contar com artistas tais como, deadmau5, The Future Sound of London, os fantásticos Kraftwerk, The Chemical Brothers, ou até mesmo os The Prodigy, com o mais recente Invaders Must Die.
Ainda a nível sonoro, o jogo está todo em português, desde texto às vozes. Aqui temos o prazer de ouvir o bom português com voz futurista alterada, e apesar de estarmos familiarizados com o inglês, é sempre um prazer poder ouvir no meio de tamanha confusão, "Minas", "Foguetão", "Escudo". As descrições de todas as naves estão também em português falado, bem como escrito.
WipEout 2048 é uma excelente entrada da série na nova portátil da Sony. Pouco fica a dever à versão HD na PlayStation 3 em termos visuais. O ecrã da Vita faz brilhar todo o poder gráfico e de efeitos que as máquinas debitam a cada impulso. Peca por ser muito simples em termos do que fornece a nível de conteúdos, como eventos, objetivos. Por outro lado é compensado pela sua componente multijogador.