WRC 2011

Porém, a utilização do "rewind button" está condicionada a 4 utilizações por especial, o que na prática equivale somente a alguns segundos, o que significa que se saírem da pista e deixarem passar algum tempo até ao momento que escolhem voltar atrás poderão ter de continuar a partir do instante em que o carro estiver em saída de pista.

Com as mãos apertadas no volante descobrimos algumas especiais, em Portugal e no México a bordo do Citroen C4 de Loeb versão de 2010. Este é um dos carros que está em fase de finalização. No quadro inicial pudemo-lo ver com todo o destaque e ao pormenor o que nos leva a crer que na versão final os carros terão melhor qualidade visual por comparação com o jogo do ano passado. Exceptuando o Citroen, os outros veículos ainda se encontram numa fase intermédia; faltam os autocolantes dos patrocinadores, a lama não é visível na carroçaria e falta aplicar os efeitos da luz do sol e sombras. Ainda assim corremos alguns troços com o Mini da equipa oficial.

As reacções dos veículos estão agora mais expeditas, quer na aceleração quer na travagem. No ano passado a direcção era normalmente mais pesada e qualquer escorregadela a velocidade fora do recomendado, sobretudo nos pisos de terra, dificilmente deixava de ser penalizada com uma saída de estrada acrescida por eventuais danos. Há sempre a possibilidade para adaptar a condução a determinado estilo mexendo nos parâmetros respeitantes à distribuição do peso, caixa de velocidades, suspensão, etc, mas de um modo geral a condução está mais solta e oferece novas possibilidades para corrigir trajectórias de última hora.

De resto não é um jogo difícil para os puristas do género. A adaptação tende a ser imediata e em pouco tempo estarão a entrar dentro de tempos competitivos dependendo da categoria de veículos. Em termos de danos qualquer saída de pista ou batida forte contra pedras ou outros obstáculos é imediatamente assinalada na zona do carro afectada. E aqui desde problemas de motor, suspensão ou carroçaria, qualquer prejuízo implica menos eficácia, entrando numa perda imediata de tempo. Até a sequência de velocidades engrenadas deve ser respeitada sob pena de afectarem a entrada das marchas.

Em termos visuais o jogo ainda está à espera de muitos acabamentos. No entanto são já visíveis algumas melhorias face ao grafismo do jogo original, como a adição do efeito "blur". Nas curvas mais rápidas favorece a sensação de velocidade e o mesmo ocorre quando se embate brutalmente contra árvores ou outros obstáculos, causando uma sensação de distorção no ecrã. Em termos de especiais parece que a equipa de produção se preocupou em colocar mais elementos como árvores e espectadores, contribuindo para uma exibição mais real e sedutora das especiais.

Os modos de jogo continuarão a contemplar opções individuais, multijogador local e on-line. Desde etapas individuais a ralis únicos ou modo campeonato, haverá imensas opções para explorar. Para os jogadores menos versados o WRC rally school fornece as primeiras imprescindíveis instruções para quem quiser dominar as regras essenciais de condução sob os mais variados pisos e ralis.

Com WRC 2 a Blackbean espera reforçar a sua posição no quadro dos simuladores automóveis com dedicação aos ralis. Num género que tem actualmente menos ofertas, o aspecto das licenças e a presença de Armindo Araújo agora na categoria máxima, formam motivos suficientes para atrair o público que nutre fascínio por umas voltas rápidas em circuitos tão díspares e isolados como também comuns no dia-a-dia. A seguir atentamente no mês de Outubro.