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WWE Smackdown Vs Raw 2009

Quebra costas!

Quando alertam que não devem tentar reproduzir aqueles movimentos em casa nem são as consequências e mazelas físicas daí advenientes que mais afligem, mas antes o que seria preciso despender em elementos cénicos suficientemente capazes de gerarem toda a pompa e “show off ” que perpassa de modo inevitável sobre os combates de luta livre.

WWE Smackdown, durante anos, nunca teve uma concorrência forte que deixasse verdadeiramente em causa o título de melhor jogo de wrestling. A Yuke’s desenvolveu um modelo combinado entre jogabilidade, modos de jogo, licenças e grafismo a preceito que se revelou imbatível perante outros jogos do género que bem gostariam de reivindicar o cinto de campeão. E assim tem sido. Todos os anos a produtora nipónica refaz o modelo de jogo, acrescentando algumas novidades que tendem a melhorar significativamente a experiência e para esta temporada aquilo que mais salta à vista, entre os novos modos de jogo que colmatam algumas lacunas, é uma melhor fluidez e dinâmica na abordagem ao adversário.

Os combates desenvolvem-se de modo mais natural e a aproximação ao adversário para as famosas sequencias de golpes arrebatadores é mais realista. Enquanto isso o espectáculo envolvente da luta livre e respectiva encenação camuflada desenvolvem-se como se estivéssemos perante um programa televisivo com todos os condimentos que despertam o interesse dos fãs; muito rock and roll, músculos suados, provocações e adeptos em êxtase. Grande parte dessa imersão e reconhecimento imediato resulta da exploração do universo World Wrestling Entertainment (WWE) que utiliza as marcas Smackdown e Raw, dois conceituados programas televisivos da modalidade que têm transmissão por todo o mundo. E é nessa oficialização dos lutadores de ambos os campeonatos que está a motivação para os combates e exploração dos principais modos de jogo.

Os lutadores aqui presentes são às dezenas, contando-se os já badalados Batista, Edge, Triple H, Shawn Michaels, The Undertaker, The Great Khali, John Cena, e muitos outros. Também as divas, senhoras sempre vistosas, curvilíneas e de peito realçado deixam aqui a sua marca para o combate, embora se assista a uma tentativa de recuperar um “sex appeal” de fabrico Playboy nos momentos prévios ao combate, quando as contendoras “desfilam” até ao palco do embate. Porque não uma arena na lama a desbloquear numa futura edição?

Cubo de fogo!

E é desde o primeiro momento que o jogo começa por mostrar um empenho acima da média na modelização dos “wrestlers”. A abrir um combate dispara a música, geralmente uma assinatura específica do lutador, enquanto que num grande ecrã dentro do recinto repleto de público passam vídeos alusivos ao atleta. É tempo de espectáculo. Grandes poses, bíceps e tríceps esticados, abdominais tonificados, tiradas exclusivas e incentivo ao público, entre outros apontamentos que só na luta livre, fazem nota das características dos atletas, com feições muito reais e animações deveras realistas.

Em combate e tendo em conta que testamos a versão Playstation 3, o esquema de abordagem ao adversário faz-se por intermédio dos analógicos. O esquerdo move a personagem na direcção pretendida, servindo o analógico direito para agarrar e fazer outros movimentos de ataque como murros ou submissões. A fluidez e facilidade na coordenação dos movimentos são as principais notas, enquanto que no ecrã os movimentos mais elaborados são captados sob diferentes ângulos, pondo à prova as boas qualidades do motor gráfico. Porém, o que mais impressiona é a quantidade de movimentos, golpes e interacção com elementos do palco e espaço adjacente.