XCOM: Enemy Within - Antevisão
Os aliens cabeçudos estão de volta com amigos.
O XCOM: Enemy Unknown foi um dos melhores jogos do ano anterior, o jogo militar futurista de estratégia por turnos e com fortes traços de RPG da Firaxis foi aclamado por jogadores e crítica, tendo sido lançado na PlayStation 3, Xbox 360, PC e Mac, e recebendo recentemente uma versão para iOS, aproveitando também o facto de encaixar muito bem no formato portátil e com a interação ao toque. Mas isto não é tudo o que há para saber, Enemy Unknown foi também uma espécie de "reeboot" de outro jogo de estratégia com o mesmo nome (UFO: Enemy Unknown), produzido pela Mytho Games e MicroProse em 1994, e lançado no Amiga, e CD32, fica a curiosidade.
Não sei se o sucesso que obteve surpreendeu a própria 2k Games, certo é que teve direito a prémios de jogo do ano em diversas publicações da especialidade, sendo rapidamente considerado uma referência no género, e justificando por isso esta expansão que nos mostraram na Gamescom, o XCOM: Enemy Within.
Não era preciso reinventar uma fórmula que funcionou tão bem, por isso Enemy Within é em tudo semelhante ao seu antecessor, com a adição de novos mapas, novas unidades, habilidades, modificações genéticas e cibernéticas, e ainda uns Mechs (MECs) gigantes que são um dos principais atrativos da expansão. Não vai funcionar de forma independente do anterior, mas terá preço de expansão (espera-se algo na casa dos 29.99€) e de acordo com a 2K, existirão bundles que incluirão o título original a baixo preço.
A premissa pareceu-me simples, os Aliens cabeçudos estão de volta, e trazem novas armas que obrigam a nossa organização a ajustar a sua capacidade de resposta. Nota-se uma diferença estética nas cores utilizadas, mas o elemento que salta mais à vista são os Mectoids, umas unidades inimigas gigantes, a que nós vamos responder com uma nova classe, o Mec Trooper, que pode conduzir os tais MECs, um exosqueleto de poder de fogo e tamanho superiores, mas que como contrapartida gasta munições muito mais rapidamente, e como é óbvio, não sabe o significado da palavra cobertura.
O aspeto destes gigantes é excelente, assim como são as suas animações, lembro-me por exemplo de um soco num alien, que o enviou para fora do mapa, não importa quanto dano foi causado, daquele inimigo nunca mais houve notícias. Os fatos podem ser reparados depois das missões, e podem ser melhorados dentro de três "tiers" distintos, Warden, Sentinel e Paladin, o primeiro é dedicado a habilidades com fogo, o segundo a curar, e o último a efeitos de área, que me pareceram utilizar algo similar a eletricidade.
A parte interessante vem do facto de podemos construir um laboratório cibernético, que é o que garante acesso à nova classe e onde podemos converter qualquer classe num Mec Trooper, mais interessante ainda, é o laboratório genético onde podemos aplicar modificações aos soldados, uma ciência retirada das autópsias realizadas aos bichos alienígenas. As modificações poderão ser aplicadas ao cérebro, olhos, peito, pernas e pele, e incluem melhorias como pupilas ultra sensíveis para os snipers, ou uma pele especial para ficar invisível.
O recurso para efetuar essas modificações genéticas chama-se "meld", e pode ser obtido nas missões, um deles de acesso simples, o outro sob defesa dos aliens. O interessante aqui é que não só este recurso vai estar disponível nos mapas novos e originais, como vai promover algum factor de risco, elevando a tensão das missões. Isto porque se não formos rápidos para o apanhar, ele autodestrói-se, incentivando o jogador a correr riscos, tentar ser mais rápido, o que poderá por em causa a estratégia escolhida, mas recompensa uma boa execução com melhorias diretas nas unidades.
Contem por isso com bastante mais profundidade no sistema de progressão das classes, em cima da normal progressão dos soldados vamos poder escolher aplicar-lhes modificações cibernéticas ou alterações genéticas, não sei se são exclusivas, mas julgo que sim, escolhemos uma ou outra via. Certo é que ambas aumentarão o arsenal de truques das unidades de alguma maneira, e serão visíveis no seu modelo, ou seja, facilmente distinguimos as alterações realizadas apenas olhando para um soldado.
No mapa disponibilizado já foi possível ver alguns dos truques novos, uma granada de gás que liberta um tipo de veneno, a possibilidade de destruir a cobertura dos adversários com os MECs deixando os aliens expostos aos nossos ataques, a habilidade de controlar a mente dos soldados, que pode ser contrariada utilizando mais uma das invenções do Dr. Shen, julgo que o nome era "Neuro Feedback". A Needle Grenade, que tem um raio muito grande mas que não destrói a cobertura (cover) dos inimigos. Ou o The Seeker, uma nova unidade robótica inimiga que voa e é capaz de ficar invisível.
“Contem com bastante mais profundidade no sistema de progressão das unidades, em cima da normal progressão dos soldados…”
Existirão 47 novos mapas abrangendo vários tipos de terreno com elementos destrutíveis, até para aumentar a autenticidade dos combates em que utilizamos os MECs. Alguns mapas antigos também vão ter direito a pequenas restruturações para acomodar as habilidades e recursos introduzidos com a expansão, e vão existir também novos tipos de missões, mas das quais ainda nada se sabe de concreto.
O multijogador terá direito a ligeiras alterações às unidades já existentes e ao seu preço, os Rookies vão ser mais baratos por exemplo, o Mechtoid e o Seeker adicionados, e existirão ainda 8 mapas completamente novos, aumentando consideravelmente as opções para os aficionados. Finalmente algo que já era pedido há algum tempo, a possibilidade de editar a "squad" e gravar os "loadouts" em modo offline.
Tendo em conta o número de horas de sono que XCOM: Enemy Unknown era capaz de retirar do comum dos mortais, uma expansão é uma bênção. Um pouco como acontece com Civilization, estamos habituados a séries de adições de grandes blocos de conteúdo para os jogos da Firaxis. Isto é apenas a ponta das novidades que virão com Enemy Within, parece ter já conteúdo suficiente para nos fazer voltar, e raios, os MECs parecem fantásticos. Tem lançamento marcado para o próximo dia 12 de Novembro, cá estaremos à espera.