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Yakuza 2

Verdadeiramente "Como um Dragão."

Vamos festejar como se fosse 2006, mais precisamente Dezembro de 2006. Esta foi a data de lançamento original de Yakuza 2 no Japão e foi preciso esperar dois anos para que finalmente Kazuma Kyriu regressasse à Europa. Não querendo usar aquelas frases feitas para adornar a situação mas a verdade é que há uma que aqui se encaixa mais do que bem, "mais vale tarde do que nunca".

De um elevado apreço pessoal e indiscutivelmente uma das melhores séries vindas da Sega nos últimos anos, Yakuza é um poço de personalidade e sobriedade. Reúne num só vários elementos de jogabilidade diferentes, todos eles com consistência suficiente para se apoiarem mutuamente, tendo como suporte uma história interessante, altamente cativante e de tom maduro. Yakuza 2 agarra na identidade que tornou no primeiro um jogo de culto e oferece-nos um argumento soberbo que vale a pena acompanhar de início ao fim. Está na hora de regressar ao mundo da máfia Japonesa.

Como já referimos, uma das principais razões para o sucesso de Yakuza foi a sua história. Bem construída e apresentada, conseguia cativar o jogador para os acontecimentos e para o envolvimento criado pelas seu bem constituído elenco. Yakuza 2 vai certamente agradar a quem gostou do primeiro e coloca-nos um ano depois dos acontecimentos nele registados. Para todos os que falharam o original, a Sega dá-vos a oportunidade de ver todos os acontecimentos dignos de menção para que possam ficar a par do que está para trás e de todas as personagens envolvidas. Não vamos adiantar muito e apenas vamos dizer que Kazuma é novamente arrastado para o mundo da máfia, sendo forçado a resolver um problema que ele próprio acabou por criar há um ano atrás.

Yakuza 2 consegue ser aquilo que habitualmente se pede a uma sequela, ser maior e melhor. O argumento consegue ter uma construção e apresentação superior ao do primeiro e consegue capturar a qualidade que ajudou o primeiro a destacar-se. Podendo mesmo ser confundido com um filme, o argumento deste jogo serve na perfeição como ponto principal e como união entre secções de acção e de aventura, com alguns elementos de RPG à mistura, e todos estes elementos que tão bem funcionaram no primeiro, surgem ainda mais fortes na sequela.

Nas secções de aventura e exploração, caminhamos pelas ruas das cidades procurando pelos nossos objectivos ou então entrando em lutas contra os tipos que se armam em maus e se julgam donos daquela rua. A expressão "sou o melhor da minha rua" também ganha significado aqui. Kazuma vai ter que viajar e não irá apenas enfrentar problemas em Tokyo. O herói de Yakuza vai ter que viajar até Osaka e dá ao jogador dois locais diferentes para frequentar. A bem dizer, temos o dobro do tamanho em espaço para explorar. Vamos conhecer novos locais como Sotenbori em Osaka e vamos revisitar Kamurocho em Tokyo, local que permanece praticamente igual, salvo algumas excepções que não vamos revelar.

Yakuza é fantástico para os amantes da cultura nipónica

Quem jogou o primeiro, sabe certamente que um dos maiores encantos estava na fantástica vida que preenchia a cidade. Os locais onde podíamos ir eram muitos e as actividades variadas. Para aqueles que quisessem desviar-se um pouco da história, existiam inúmeras coisas que podiam fazer. Tal como no primeiro, também aqui podem ir a restaurantes, a mini-mercados, a vídeo clubes, a bares, a salões de jogos e até jogar alguns mini-jogos como o baseball e o golf.

No entanto em Yakuza 2 há ainda mais. Estamos perante um jogo que nos leva entre 15 a 17 horas para terminar a história principal mas caso decidam usufruir de tudo o que o jogo oferece, podem muito bem acrescentar o dobro das horas. Especialmente porque agora temos outras actividades como trabalhar num bar ou mesmo gerir o nosso próprio estabelecimento. Para além das outras missões e histórias secundárias que vão surgindo pelo meio da história, estas tarefas opcionais fazem com que o jogo ganhe uma maior longevidade e servem para agradar ainda mais a todos os que tem uma paixão pela cultura nipónica.