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Ace Combat: Assault Horizon - Análise

Rei dos céus.

Quando se procura por um jogo de aviões (fora simuladores), não há muito por onde fugir, a série Ace Combat é a melhor e mais popular dentro do género. Depois de uma ausência nas consolas em alta definição após o lançamento de Ace Combat 6, os combates aéreos estão de volta em Assault Horizon.

Esta nova entrada marca uma mudança na série. Ao contrário dos outros Ace Combat, Assault Horizon não tem lugar num mundo fictício (uma visão diferente do nosso planeta conhecido como Strangereal), mas sim no nosso mundo, com os cinco continentes todos nos lugares corretos.

A única coisa fictícia é a sua estória, que acontece num futuro próximo, mais precisamente em 2015, e pode muito bem ser apelidada de cliché. Mais uma vez temos um confronto entre duas das maiores potencias mundiais, os E.U.A. e a Rússia (não a Rússia em si mas um bando de terroristas desse país). Mesmo sendo cliché, gostei do resultado final. Existem várias reviravoltas e descobertas que mantém o enredo interessante até ao final.

Claro que o ponto de destaque em Assault Horizon é pilotar os aviões, mas surpreendentemente surgem outros aspetos interessantes como as personagens, que são simples, mas memoráveis. Temos o herói, Lieutenant Colonel William Bishop, os seus amigos, um indivíduo de raça negra e uma loira simpática e bonita, e claro, o vilão, Andrei "Akula" Markov (que tem um avião badass com uma pintura de dentes de tubarão).

Durante a campanha visitaremos cidades magníficas como o Dubai, Miami, Washington DC e outras. Os edifícios mais marcantes destas cidades saltam logo à vista, voar em redor do Burj Khalifa (o edifício mais alto do mundo com 828 metros) é uma experiência incrível, ou então olhar para baixo e ver as praias atraentes de Miami. A grandes altitudes tudo parece maravilhoso, mas basta aproximar-nos um pouco do solo para percebermos que existem partes que não são nada mais que uma textura de má qualidade e edifícios sem relevo.

Este último aspeto poderia estar melhor, mas no que é importante, Assault Horizon cumpre. Os aviões apresentam-se em grande quantidade e bem representados, e o melhor de tudo é a sua destruição. Quando a Bandai Namco anunciou o jogo, foi dito que este seria o mais cinematográfico da série, e não é mentira. Quando destruímos os aviões inimigos, somos premiados com uma pequena cinemática em que vemos o avião em chamas e desfazer-se em pedaços. Há cinemáticas ainda melhores que acompanham de perto os nossos misseis até estes chocarem com o seu alvo.

Os efeitos climatéricos, e outros efeitos como o fumo, receberam alguma atenção do Project Aces. Há uma parte do jogo que vemos fumo preto a elevar-se no céu, e se passarmos por entre ele, ficamos sem visão. Quanto aos efeitos climatéricos, conseguimos ver o vento a bater e a exercer força contra o avião, e em níveis em que está a chover, se subirmos acima das nuvens, esta desaparece.

As missões são básicas e de fácil compreensão. O objetivo é apresentado com clareza e sabemos precisamente o que temos de fazer. Quanto à variedade, estamos a falar de um jogo de aviões de guerra, não há muito por onde fugir, a maior parte do tempo será passado a destruir outros aviões ou alvos no solo. No entanto, há missões que fogem à regra. Numa delas temos que permanecer stealth e voar de noite entre os radares inimigos e quase a rastejar no solo até chegarmos ao alvo para o bombardear. Noutras, teremos que pilotar helicópteros, uma boa adição para desenjoar dos aviões a jato.