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Call of Duty: Ghosts - Análise

Um novo soldado de elite.

Ainda em termos de diversidade de missões, a Infinity Ward conseguiu transportar a bordo da narrativa, diferentes cenários e ritmos de missões. Numa passagem pela selva, o jogador tenta avançar entre os inimigos sem ser detectado, refugiando-se entre a densa vegetação e aproveitando as cascatas de água como refúgio temporário. A irregularidade do terreno nalguns níveis, especialmente nos espaços abertos, é outro dos pontos positivos, já que isso permite escolher um ponto por onde possa avançar, sem estar confinado ao mesmo trajecto. Em Caracas tem lugar uma missão nocturna, na qual os soldados utilizam a "scrobe light" nas suas armas, uma luz intermitente que bloqueia a capacidade de resposta dos inimigos, ofuscando-os, mas também encontramos a "night google vision" como forma de ver no escuro.

Secções interiores fazem parte de outras missões, especialmente quando forem convocados a afundar uma estação petrolífera na Antártida. Só que o ritmo não abranda e alternância de espaços e contextos é uma garantia. Mas quando encontramos missões como a que envolve a neutralização de um barco de combate, numa missão de quase espionagem no fundo do mar, que nos leva a confrontos e batalhas, nas quais os disparos não são tão rápidos, ficamos com a sensação de que os produtores quiseram penetrar em águas realmente profundas perante o seu trajecto mais recente. Usando os corais como protecção e escudo, e fugindo lentamente dos tubarões, este é um nível que se destaca pelas condições especiais de combate. Também serão colocados a bordo de um aparelho militar de voo equipado com mísseis e metralhadoras que vos dá uma particular imersividade. Nas duas horas finais, a acção vai sendo cada vez maior, sendo perceptível o final da campanha. Final esse que deixa em aberto a sequela. Ao todo e dentro do modo normal, terão campanha para oito horas, aproximadamente.

Estádio de basebol parcialmente destruído.

Uma das grandes novidades durante a campanha vai para a presença de Riley, o pastor alemão cujo controlo é possível durante algumas missões. É inegável a sua tarefa enquanto elemento auxiliar da equipa e aqui várias operações são possíveis. Uma delas consiste na realização de ataques surpresa, ou seja, surpreender os adversários em modo assalto, ao mesmo tempo que Riley os neutraliza antes de sequer responderem. Os seus ataques são rápidos, letais e cirúrgicos, dando bons sinais de acompanhamento da equipa. Outras vezes, podemos controlá-lo directamente, neste caso através de uma perspectiva instalada sobre a cabeça. O seu movimento pode ser mais furtivo e discreto, mas também podemos lançar uma corrida rápida de aproximação, embora este movimento seja detectado pelos inimigos. Perto deles, podemos executar um ataque rápido, ideal como forma de eliminar certos obstáculos.

Se em boa parte das missões Riley é um precioso auxiliar, haverá um momento onde ficará ferido e exposto às balas dos inimigos, requisitando transporte e apoio até um ponto de evacuação. É uma presença que se destaca pela lealdade do canino e pela sua jogabilidade bem objectiva e inovadora dentro do género, mas quando esperávamos que pudesse desenvolver uma relação mais persistente e emocional, apercebemo-nos que nem sempre isso acontece.

Densa vegetação.

Em termos de equipamento militar, a novidade vai para alguns aparelhos como o "Osprey", um sistema telecomandado de mísseis e metralhadora, os tanques de combate, a câmara que permite efectuar "scans", os óculos termais, o "optic scanner", entre outros. No final, o arco narrativo não estará ao mesmo nível do guião escrito pela Infinity Ward para Modern Warfare 2, embora em Ghosts tenhamos na diversidade dos espaços de combate e cenários um dos pontos mais fortes de CoD. Em termos visuais, a edição para a PS4 traz mais fulgor visual, polimento e perfeição na comparação com as versões da actual geração, sendo bem perceptível que já nos encontramos diante de um novo nível de apresentação gráfica, mas com a certeza de esta ainda é uma fase de transição.

Em termos de multiplayer, Ghosts distancia-se das produções anteriores. Para muitos adeptos de CoD a experiência começa aqui, com a ligação do jogo à rede. Com novas armas, subida de nível, killstreaks, movimentos e novos e extensos modos de jogo, não faltam argumentos para que os fãs se liguem em animadas partidas com amigos, mas também com os jogadores de todo o mundo.

Quanto a mapas, existem 14, sendo relevante destacar aqui a irregularidade do terreno nalguns deles, assim como as alterações à dinâmica, como sucede em Octane, nas oscilações do terreno por força dos tremores. Freight recupera um estilo clássico e Prison Break oferece elementos igualmente tradicionais. Whiteout leva-nos até à neve no Alasca, num mapa extenso, de grandes irregularidades e desníveis, aptos a causarem grandes surpresas. Stormfront destaca-se pela sua estrutura vertical. Warhawk é o ideal para intensos combates devido às ruas apertadas, conjugadas com estradas abertas.

Riley, o melhor amigo dos fantasmas.

Overlord é óptimo para os jogos Domination e o impressionante Stoneheaven leva-nos até às ruínas de um imenso castelo escocês, com grandes áreas abertas onde se travam combates a larga distância. Chasm volta às particularidades verticais, enquanto que Flooded (inspirado no rebentamento de uma barragem), está marcado pelas secções de água que podem levar ao afogamento em casos extremos. Strikezone, é o mapa que tem como palco um estádio de basebol semi-destruído. Ideal para ritmo rápido.

Em termos de modos de jogo temos os sempre apetecíveis Team Deathmatch e Search and Destroy, assim como o Domination. O Kill Confirmed leva-nos a recuperar as tags caninas de modo a trazer pontos para a equipa, enquanto que no Search and Destroy as equipas jogam à vez entre respawns, defendendo e destruindo um objectivo. Grind gera mais alvoroço nas proximidades dos pontos A e B de cada equipa, pois o objectivo passa por recuperar tags e trazê-las de volta a esses pontos de modo a aumentar os pontos para a equipa. Em Blitz pede-se aos jogadores que penetrem na zona de objectivo do inimigo, voltando ao ponto de partida depois de alcançado o feito. Em Crancked as mortes atribuem perks adicionais, 2 vezes pontos e tempo limite. Mortes em cadeia permitem ao jogador ficar vivo. Infected é outra novidade. Os jogadores eliminados ficam infectados. Quem sobreviver, ganha. Em Hunted os recursos são limitados, pelo que a luta pelo controlo das armas se torna decisiva. Os mais lestos adquirem superioridade e esse é o objectivo imediato. Em Free-For-All todos os jogadores competem entre si pela pontuação máxima. O primeiro a lá chegar é proclamado vencedor. Existem ainda modos alternativos, nomeadamente Safeguard (combate contra hordas de inimigos) e Hunted FFA.