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Call of Duty: Ghosts - Análise

Um novo soldado de elite.

A personalização dos soldados é outro elemento do multiplayer. Há diversos nomes a atribuir, num grau de personalização bastante extenso. Desde a aparência, camuflagens, passando por carregamentos, todos os soldados podem ser diferentes e moldados de acordo com as preferências mas também nos moldes mais convenientes em função dos modos de jogo e mapas. Os Strike Packages voltam a estar presentes, permitindo que o jogador, a partir de pacotes como Assault, Support ou Specialist, tenha acesso a recompensas durante o combate. Uma das novidades é precisamente o Guard Dog, através do qual é possível farejar inimigos e vencê-los, mas há outros passíveis de selecção. Escolha que se estende igualmente à reformulação e realinhamento dos perks, divididos por diversas categorias, algo que envolve sempre uma pesquisa e experimentação. Agora o jogador pode acumular até 8 unidades de Perks, sendo que cada um se encontra valorizado entre 1 e 5 pontos. Compete ao jogador, escolher dentro dessa margem de gestão os perks que melhor se adequam ao estilo de jogo. As opções foram alargadas e o orçamento permite adquirir mais e novos perks.

O modo Squads é outra das grandes novidades de CoD Ghosts. Tal como o próprio nome sugere, as regras deste jogo levam o jogador a constituir uma equipa, que pode ser utilizada em partidas individuais como em desafios on-line contra outras equipas. Os jogos on-line permitem a acumulação de pontos de experiência (XP) e squad points, podendo ser usados no multiplayer, ou seja, continuam a subir de nível.

A densidade da vegetação cruza-se com as cascatas, em espaços naturais que proporcionam refúgios.

O modo Squads está dividido por 4 géneros. Em Squad Assault, o objectivo é combater as squads de outros jogadores. Um jogador faz a equipa e determina as posições e que estratégia de combate vai ser seguida por cada um dos colegas. No Squad vs Squad, ainda no on-line, pede-se que as equipas se confrontem, simplesmente. Mas depois há outros modos de treino como o Wargame, no qual se pode praticar e afinar as técnicas de combate contra uma equipa comandada pela inteligência artificial. Diga-se que neste ponto há notórias melhorias. Por fim, Safeguard, o tradicional modo que corresponde à luta contra ondas de inimigos. No final, temos uma combinação de elementos interessante, resultando num modo refrescante e apelativo, sobretudo para o trabalho em cooperação.

Para o final deixámos o modo Extinction, outra grande novidade em Ghosts que opera uma continuação da experiência, visando a salvação da humanidade. O objectivo é destruir uma espécie letal de alienígenas que invadiram o planeta, no que começa por ser uma ameaça desconhecida. Quatro jogadores podem ligar-se em rede e combaterem cooperativamente ao longo de dezenas de níveis. As possibilidades de personalização são enormes, sendo essencial, logo à partida, definir uma classe: Tank é a personagem mais fortalecida que instala as bombas junto dos ninhos das criaturas alienígenas, mas ainda há o especialista de armas, médico e engenheiro. O objectivo ao construir a equipa implica ter diferentes soldados. Outro ponto personalizável respeita às armas. A pistola é a arma base, sendo passível de melhoramentos usando pontos de habilidade, upgrades que causam mais dano, capacidade de munição e até 2 pistolas ao mesmo tempo. No entanto, as munições são limitadas, sendo forçoso gerir as existentes com munições adicionais como incendiárias ou explosivas.

A penetração num dos edifícios ocupados pela Federation, em Caracas, realiza-se de noite num ambiente perfeito para desencadear ataques surpresa.

Diferentes combinações são possíveis a partir do apoio de equipa como o Strike Package e Equalizer, a "turret minigun" que gera apoio de fogo personalizado. À medida que sobe de nível o jogador adquire mais equipamento. Este modo beneficia de um diferente design, focado num clima de destruição e numa região em concreto, a área do Colorado, nos Estados Unidos.

Por tudo isto não podemos deixar de considerar Call of Duty: Ghosts como um jogo fortíssimo em termos de conteúdo. É verdade que se trata de uma série que se renova anualmente, mas depois de Modern Warfare 3 e com um novo capítulo da Treyarch pelo meio, a Infinity Ward regressa em grande forma, de olhos postos na próxima geração, num título pleno de acção explosiva militar, repartida por quatro grandes blocos. A diversidade e polivalência de contextos de combate da campanha surpreendem, e amparado por um sempre tentador multiplayer, um squads e um novíssimo Extintion, não faltam razões para prolongar a experiência no tempo.

9 / 10

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