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Castlevania: Lords of Shadow

O recomeço de uma saga.

Castlevania é uma daquelas séries extremamente bem sucedidas no campo do 2D que teve algumas dificuldades em adaptar-se 3D, o que eu quero dizer é, embora os jogos tridimensionais de Castlevania tenham recebido notas que variam entre o bom e o razoável, nunca conseguiram alcançar a grandeza e a glória que a série possuía na época do 2D (Castlevania: Symphony of the Night diz olá). Por esta razão, creio que um dos objectivos para Castlevania: Lords of Shadow é acabar com esta "tradição" e por a série de volta nos carris.

Castlevania é uma das franquias mais valiosas da Konami, e como tal, decidiu entregá-la a uma das figuras mais célebres desta indústria, Hideo Kojima. Kojima por sua vez confiou a produção de Lords of Shadow à produtora espanhola Mercury Steam. A Kojima Productions ficou apenas com a função de supervisionar/dar conselhos para o jogo.

Convém referir que Castlevania: Lords of Shadow é um recomeço da série, os seus acontecimentos e história não estão necessariamente ligados aos títulos anteriores. A razão pela qual se decide reiniciar uma série é evidente, para dar uma nova imagem, para atrair jogadores não-familiarizados e para haver mais liberdade criativa. Sem as correntes dos Castlevania anteriores a Mercury Steam pôde dar vida à sua visão de Castlevania.

A trama deste Castlevania passa-se no ano de 1047. A ligação da Terra com os céus foi separada pelos Lords of Shadow e como consequência criaturas sobrenaturais vagueiam livremente atacando os vivos e as almas dos mortos não conseguem ascender aos céus. O amor da personagem principal, Gabriel Belmont (devido a isto ser um reiniciar da série, há dúvidas se Gabriel pertence ou não à família Belmont dos outros Castlevania, apesar do seu apelido indicar que sim), foi morta por uma destas criaturas e a sua alma está presa na Terra. Gabriel é um membro da Brotherhood of Light, um irmandade que protege os humanos das criaturas sobrenaturais, e embarca numa missão para derrotar os Lords of Shadow e salvar o mundo, e ainda para obter a God Mask (está dividida em três pedaços, cada Lord of Shadow dá acesso a um deles) que tem o poder para ressuscitar os mortos, com esta mascara Gabriel pretende trazer de volta a sua amada.

As primeiras horas de jogo assustaram-me devido à sua repetividade, mas felizmente, as primeiras horas não representam Lords of Shadow por inteiro, o jogo vai melhorando ao longo dos 12 capítulos. Uma das razões para isto são os elementos que vão sendo adicionados à jogabilidade. Através de uns mecanismos encontrados em alguns níveis a cruz de Gabriel pode ser melhorada com mais funções, uma das mais importantes e que desbloqueamos nos primeiros capítulos é uma corrente que vai ajudar imenso secções de platforming.

Esta corrente não será a única habilidade que irão desbloquear, o jogo todo "brinca" com uma série da habilidades que vão sendo desbloqueadas, e digo brinca porque se quisermos explorar certas áreas temos de voltar atrás nos capítulos pois naquela altura ainda não tínhamos desbloqueado determinada habilidade. Se fizerem isto, a longevidade aumenta ainda mais.

O que distingue Castlevania: Lords of Shadow de outros jogos do género é a exploração dos níveis. Agradou-me o facto de não serem completamente lineares e de haver recompensas para quem explorar ao máximo, existem caminhos alternativos que levam a recompensas, nomeadamente umas pedras preciosas aumentam a nossa energia vital.