Confronto: Assassin's Creed: Revelations
A Constantinopla dá frutos.
- | Xbox 360 | PlayStation 3 |
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Tamanho do disco | 7.4GB | 16.2GB (Revelations: 8.58GB, AC1: 7.62GB) |
Instalação | 7.4GB (opcional) | 4381MB (obrigatória) |
Suporte Surround | Dolby Digital | Dolby Digital, 5.1LPCM |
Para um jogo tão criticado por falta de inovação, com novas funcionalidades que não agradam, é espantoso que Assassin's Creed: Revelations represente o maior salto na tecnologia de rendering na série desde a chegada da primeira sequela. De uma perspetiva técnica, é claramente o mais impressionante de todos - o ponto alto de uma série que de muitas formas tem sido definida pela sua tecnologia.
O que é realmente impressionante sobre Revelations é a intenção do estúdio de criar as paisagens citadinas dos jogos mais naturais e realistas: arestas são suavizadas com polígonos adicionais e detalhe fino, a iluminação é mais equilibrada, com mais nuances e mais agradável à vista, apoiada por efeitos de criação de atmosferas geridos mais lindamente. Nevoeiro, chuva, onda de calor - todos estão presentes e adicionam imenso a uma sensação revitalizada na captura da essência de uma antiga cidade de tempos passados.
Não são só os ambientes viram imensas mudanças: os personagens em si estão agora significativamente mais ricos em detalhe, com animações faciais e de corpo que estão muito melhoradas sobre os anteriores jogos Assassin's Creed. Na verdade, estão tão distantes do que vimos antes que é um choque quando pela primeira vez o novo aspeto de Ezio e Desmond: parecem quase, mas na verdade não, personagens completamente diferentes dos que conhecemos ao longo dos vários jogos (no entanto e estranhamento, Altair parece igual). Na verdade, é preciso algum tempo de adaptação, especialmente quando os primeiros quinze minutos do jogo nos apresentam as velhas versões dos personagens numa sequência "anteriormente em", com alternativas CG na introdução, e então a "versão 2.0" das versões renderizadas, que parece novamente completamente diferentes.
Independente, com todas estas novas melhorias inseridas, a questão é se o equipamento de atual geração pode lidar com todo este novo detalhe. Voltamos ao nossos confrontos de Assassin's Creed 2, e Assassin's Creed: Brotherhood e vemos um motor que já está a correr no limite: procurando os 30FPS mas em muitos casos sem conseguir, resultando em algum screen-tear bem feito - ficando a PS3 pior em termos de comparação direta entre plataformas.
Vamos olhar bem para como Revelations se parece e corre, com a análise a começar com um vídeo frente a frente, apoiado por uma forte galeria de comparação PS3/360 720p com 50 imagens.
Existem algumas surpresas na constituição básica do framebuffer: exatamente como nos anteriores jogos da série, temos uma resolução nativa de 720p na 360, com a PS3 efetivamente tão boa apenas com um par de pixeis ausentes no topo do ecrã - talvez relacionado com a poupança da memória (utilizado pela DICE e a Insomniac entre outros) mas impercetível durante o jogo.
Anti-aliasing por pós-processamento
Para libertar recursos nos chips Xenos e RSX, as técnicas de anti-aliasing por equipamento usadas em anteriores títulos Assassin's Creed foram deixadas de lado, optando agora a Ubisoft Montreal por uma técnica pós-processamento que não conseguimos identificar, mas que parecer ser baseado no habitual sistema de filtrar o fotograma final assim que um único objeto que se lhe segue foi gerado.
É pouco provável que seja a FXAA da NVIDIA pois não existe absolutamente nenhum blur nas texturas que podemos discernir em qualquer um dos sistemas, e temos que dizer que o nível geral de apresentação aqui é simplesmente espantoso. Em termos do quão bem o AA pós-processamento encaixa com a estética do jogo, diríamos que está no mesmo nível que God of War 3 - o jogo que colocou a técnica no mapa, e permanece como um dos melhores exemplos de uma perspetiva de qualidade visual.
Talvez seja a natureza da artwork mais orgânica, mais detalhada, mas o tipo de artefactos pixel-crawling que vemos em muitos jogos que empregam aliasing pós-processamento são quase impercetíveis aqui e ao invés disso estamos a ver o efeito no seu melhor, providenciando suavização de arestas que está um par acima na qualidade sobre as implementações por equipamento que vimos em anteriores jogos com poucos ou nenhuns elementos negativos adicionados à qualidade da imagem. É só ganhos.
A boa nova é que as versões 360 e PS3 de Revelations parecem usar a mesma técnica, portanto a diferença que vimos entre as consolas em anteriores títulos AC (onde a AA quincunx ofuscava o detalhe intrincado na PS3, dando vantagem à 360) desapareceu.