Xbox 360 vs. PlayStation 3: Ronda 30

Dynasty Warriors 7

Yikes, a tecnologia Dynasty Warriors parece quase tão antiga quanto os contos do século 14 que inspiraram a série da Koei. Apesar do debate continuar em redor sobre se a série vale alguma coisa ou não (com as análises da Eurogamer dos jogos anteriores no geral a aclamar os seus vários aspetos positivos), existe pouca dúvida que tudo está a começar a parecer bem velho e cansado agora.

Em termos tecnológicos, este é um jogo no qual as deficiências são igualmente aparentes em ambas as plataformas: draw distance é pobre, com vagas de tropas inimigas frequentemente a aparecer literalmente diante dos teus olhos, significando que a não ser que estejas a olhar para o HUD és frequentemente cercado por hordas de inimigos. Pop-in e iluminação são geridos de forma muito básica comparados com os padrões que esperamos nestes dias e afetam a qualidade da apresentação significativamente.

Uma melhoria tecnológica sobre o anterior está na gestão das cut-scenes. Apesar de as FMVs ainda serem usadas, o estúdio Omega Force leva agora a cabo uma grande quantidade de trabalho narrativo com um largo número de cinemáticas que usam o motor e algum trabalho de personagens aqui é bem agradável.

Muitas das outras melhorias estão relacionadas com a jogabilidade e as mudanças estão ligadas ao novo modo Story, um melhorado modo Chronicle (agora conhecido como modo Kingdom), melhorias no sistema de combate (incluindo suporte para múltiplas armas), e implementação de maquinaria de cerco incluindo catapultas e balistas. Multiplayer online foi também adicionado à mistura.

Em termos de qualidade no desenvolvimento multi-plataformas, tal como os anteriores, não está nada mau.

Vimos um par de mini ajustes entre as versões de Dynasty Warriors no passado, maioritariamente na implementação de anti-aliasing (ou edge-blurring) mas no caso deste jogo a Koei manteu-se na velha guarda em ambos os sistemas, com este sétimo capítulo a adoptar um framebuffer básico a 720p sem tentativa de suavizar arestas em qualquer plataforma.

Em termos de qualidade de imagem, este é um desenvolvimento multi-plataformas extremamente aproximado, com praticamente nenhumas diferenças a notar entre eles, mas onde divergem é a versão PlayStation 3 do jogo que tem a vantagem.

Talvez tenham notado a gigantesca diferença no tamanho do espaço armazenado que cada jogo usa – isto deve-se à qualidade das cinemáticas não geridas pelo motor de jogo. A Koei usa a largura de banda no jogo PlayStation 3, utilizando as ferramentas PAMF tipo h.264 da própria Sony para providenciar qualidade FMV bem superior às sequências baseadas em WMV metidas no DVD Xbox 360. A única outra grande diferença que pode ser assinalada é que o jogo PlayStation 3 também apresenta filtro de texturas marginalmente superior, apenas realmente percetível nos níveis internos com chão achatado.

Até agora temos olhado para um lançamento visualmente nada impressionante, mas os jogos Dynasty Warriors tem sempre um ás nas mangas: um rácio de fotogramas v-synced, que a Koei conseguiu replicar tanto na Xbox 360 como na PlayStation 3 no último jogo. Infelizmente, análises a Dynasty Warriors 7 demonstra que enquanto a v-sync permanece, o rácio de fotogramas é agora melhor descrito como ligeiramente variável

É justo dizer que não somos propriamente fãs de v-sync com duplo buffer com um rácio de fotogramas livre: bem melhor fixar nos 30FPS, melhorar a qualidade dos visuais e padronizar o aspeto e resposta do jogo. Dynasty Warriors 7 essencialmente alterna entre 30FPS e 60FPS a qualquer momento, resultando num aspeto e sensação incoerente no jogo – é algo do qual ambas as versões obviamente sofrem.

Apesar de existirem algumas evidências de partidas prolongadas que o jogo PS3 pode ter a vantagem em termos de performance, quando o resultado final é mais alarmante judder não é algo que pode realmente ser considerado muita vantagem e certamente não deve ser tido em conta na decisão de compra.

Estamos a olhar para uma vitória PS3 mínima, existe mesmo pouco nela. Para donos de 3DTVs, a decisão torna-se um pouco mais fácil: é seguro dizer que a plataforma Sony é a casa preferida para conteúdo estereoscópico e não surpreende que apesar de ambas as versões oferecerem suporte 3D, é o jogo PS3 que tem a implementação mais satisfatória. A diferença chave aqui é que apesar de existirem compromissos visuais em ambas as plataformas, o suporte PS3 para o sinal de formato HDMI 1.4 pelo menos assegura que estás a ter completa resolução 720p por olho.

A Xbox 360 emprega um sistema interessante. Ao invés de usar a fórmula lado a lado com 640x720 por olho que a maioria dos jogos suporta, a Koei optou ao invés por empregar 1280x360 numa configuração topo/fundo – uma boa parceria para o modo de ecrã dividido do qual a implementação 3D é sem dúvidas derivada.

Ambos os jogos parecem empregar o mesmo leque de inferiorizações visuais. Sombras estão completamente ausentes e a distância de visão/equilíbrio de LOD está inferiorizado consideravelmente, afetando mais o jogo. A seu favor, a Koei conseguiu efetivamente fixar o jogo nos 30FPS, e, como suspeitado, padronizar a resposta e feedback visual ajuda mesmo um pouco a jogabilidade.

Infelizmente, o efeito 3D em si está longe de dinâmico e não ajuda realmente a fazer de Dynasty Warriors 7 um jogo melhor. Na verdade, os compromissos necessários para o ter a correr aceitavelmente bem simplesmente realçam o facto de o motor de jogo estar em uso há realmente muito tempo.

Dito isto, é claro que a Omega force conhece a sua audiência nuclear e tem entregue melhorias que vão muito provavelmente os entusiasmar. Para todos os outros, Dynasty Warriors 7 é um caso do mesmo do mesmo.

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