Divinity II: Ego Draconis
Salvam-se os Dragões.
Analisar jogos tem destas coisas, tanto somos brindados com obras-primas como nos deparamos com autênticos pesadelos virtuais. Divinity II: Ego Draconis é um desses pesadelos, ainda por cima depois de recentemente ter analisado o excelente Dragon Age: Origins. Mas este pesadelo é bem mais real na consola da Microsoft, não por culpa máquina, como é óbvio.
Esta obra vinda da Bélgica, é uma desilusão, tanto a nível da jogabilidade como em termos visuais, safando-se o argumento, que diga-se de passagem é bem apelativo e muito bem conseguido. Somos um herói, apenas controlamos uma personagem, que ambiciona tornar-se num caçador de Dragões. Ele faz parte de uma antiga ordem de guerreiros que lutam contra os Dragon Knights (Humanos/Dragões), mas a história irá sofrer uma reviravolta, tornando-se num dos inimigos dessa mesma organização.
Em seu núcleo, Divinity II é um RPG de acção, com uma enorme riqueza de estatísticas e habilidades, e com um modelo de combate ao estilo “aponta e mata”. O uso de hotkeys está bem implementado, tanto na versão PC como Xbox 360 onde damos uso de todos os botões disponíveis no comando. Toda a nossa actividade é registada num logbook, desde conversas, conquistas, locais visitados, Quests.
A parte inicial do jogo é dedicada a uma espécie de tutorial, em que temos a oportunidade de praticar três tipos de classes, Guerreiro, Mago e Arqueiro. Após o treino somos obrigados a escolher uma das três, cada classe possui as suas habilidades, que podem ser colocadas nas hotkeys enquanto outras são um acréscimo natural dos movimentos da respectiva classe. A escolha da classe não significa que deixemos de ter acesso às habilidades das outras, muito pelo contrário, podemos evoluir o herói com a aquisição de habilidades das diferentes classes disponíveis. Para completar as características de cada uma delas, temos também disponíveis habilidades relacionadas com a classe Dragon Slayer e Priest. Como podem constatar, o nosso herói é muito versátil, podendo evoluir todas as habilidades disponíveis para cada classe. Mais tarde, teremos a possibilidade de nos transformar em Dragão, adquirindo todas as suas habilidades, passamos a ser um Dragon Knight.
Como é de esperar, temos uma campanha principal com as suas Quests, adicionalmente temos as secundárias, que servem para adquirir mais experiência e recolha de items, contribuindo também para um aumento da longevidade do jogo. Esta é uma parte algo confusa do jogo, pois não temos a possibilidade de seleccionar uma Quest secundária e fazer com que esta apareça no mapa, andamos um pouco perdidos no jogo, facto que não acontece com os objectivos relacionados com a campanha principal, pois estes estão sempre marcados no mapa. O acumular de experiência faz com que o herói suba de nível, temos então a possibilidade de aumentar algumas das cinco características que definem a constituição do herói.