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Dragon's Dogma

A crença do dragão.

Frequentemente rotulada como uma companhia que se prende em demasia a sequelas intermináveis e a versões ajustadas de produtos existentes, o certo é que a Capcom está a fazer um grande esforço para se manter fresca, ativa e acima de tudo relevante neste atual panorama no qual os estúdios Ocidentais saltaram para a linha da frente.

Não largando mão das suas mais aclamadas séries, algo altamente compreensível, a Capcom mantém a porta aberta a novas direções nas mesmas e mantém-se altamente interessada em novas experiências e a novos IPs. Que o digam todos os que ficaram apaixonados por Asura's Wrath e agora por Dragon's Dogma, um jogo para o qual a Capcom invocou alguns dos seus maiores nomes, entres os ainda presentes na companhia, que à primeira vista parece pronto para assumir a responsabilidade de por um lado liderar o avanço num conceito e por outro saudar atuais experiências similares de referência.

De uma forma crua Dragon's Dogma parece uma espécie de cruzamento entre Demon's Souls com Monster Hunter, mas enquanto é cedo para jogar ao "descobre a influência", a apresentação do jogo já providencia algumas informações interessantes para olhar com mais atenção e deixou-nos bem entusiasmados. A Capcom promete redefinir o género de ação com Dragon's Dogma e para tal recorre a dois grandes nomes: Hiroyuki Kobayashi e Hideaki Itsuno. O primeiro tem no seu currículo jogos como Resident Evil 4, Devil May Cry 4 ou Sengoku Basara: Samurai Heroes nos quais ocupou o cargo de produto enquanto Itsuno trabalhou como diretor no terceiro e quarto capítulo de Devil May Cry. São nomes que sabem bem o que é ação, especialmente ação repleta de estilo, e que já souberam dar frescura a jogabilidades icónicas.

Um mundo vivo e repleto de riqueza, é isso que a Capcom quer dar.

Talvez por isso mesmo a Capcom recorra a termos arrojados como 'redefinição' e diga que este seja um jogo de ação entusiasmante e cumpridor. Perante as comparações com Monster Hunter, Dragon's Dogma vai mesmo decorrer num enorme mundo aberto cujo jogador vai ter liberdade para explorar. Rico, vivo e a respirar, é assim que a Capcom promete. No entanto, Dogma parece assumir conceitos base diferentes do aclamado produto Capcom pois parece ter um foco numa história que nos leva a perseguir e a destruir um misterioso dragão.

Aqui vamos ter uma equipa composta por três personagens e o vídeo revelado deixa antever um grande nível de personalização e quem sabe até as próprias características físicas sejam nossas de escolher. Pessoalmente espero que isto seja possível especialmente porque os personagens vistos no vídeo transparecem uma enorme falta de inspiração, algo que não parece comum a Kobayashi e a Itsuni que tanto brilhantismo e estilo imprimem às suas personagens.

Estilo, substância e profundidade são adjetivos usados pela companhia Japonesa para descrever a campanha na qual vamos entrar e apesar de parecer presunçoso, quando nos é prometido um nível de profundidade sem precedentes, é impossível não deixar de, pelos menos, querer acreditar. A jogabilidade vai assentar num nível de profundidade que cresce devido à atenção dada a elementos como o peso ou material das armas e armaduras, e até mesmo o tamanho das pernas (talvez algo relacionado com os saltos que vemos os personagens dar no vídeo). A promessa assenta também numa enorme capacidade para ser intuitivo não incomodando o jogador com qualquer tipo de micro-gestão. Essa mesma profundidade vai ainda abranger o esquema de combate pois enfrentar cada espécie de criatura requer abordagens e táticas diferentes.