Semnat Studios em entrevista
Os criadores da primeira torradeira samurai do mundo.
Numa altura onde as características únicas e inovadoras da Nintendo Wii parecem conquistar tudo e todos, basta ter em conta o estrondoso sucesso da plataforma, muitos também não deixam de reparar na natureza única dos seus jogos. Capaz de cativar mesmo os que nunca até agora se tinham interessado por este meio, a Wii provou ser uma consola para qualquer tipo de jogador e enquanto as suas potencialidades continuam a dar que falar, temos também o crescente destaque que os serviços de distribuição de conteúdos digitais tem vindo a receber.
Todas as plataformas caseiras permitem aos seus jogadores acederem a um serviço com a capacidade de oferecer novas experiências que de outra forma poderiam nunca acontecer, correndo o risco de autênticas pérolas nunca existirem. Os jogos distribuídos digitalmente tem sido uma das faces mais conhecidas e apreciadas entre as diversas plataformas e actualmente assistimos a um dinamismo nunca antes visto.
Tanto pequenos produtores independentes, como Jonathan Blow com o seu Braid, como grandes companhias, como a Capcom, com Bionic Commando ou Super Street Fighter II Turbo HD Remix, já descobriram o poder de sedução inerente nestes serviços e os jogadores já provaram que estão receptivos e apoiantes.
Entre todo este dinamismo de novos lançamentos e novas experiências surge Eduardo The Samurai Toaster, um título que irá chegar em exclusivo ao WiiWare e promete beneficiar da energia e forma de estar características de estúdios independentes e pequenos. Para conhecer um pouco mais da Semnat Studios e do seu título conversámos com Daniel Coleman, um dos seus fundadores, e ficámos a saber como tudo aconteceu e o que podemos esperar.
Bem para dar uma história breve, Robert DeMaria e eu começámos a trabalhar juntos há mais de cinco anos atrás, e em 2005 formámos oficialmente a Semnat Studios. Ian Bowie juntou-se um pouco mais tarde, e Raymond Gramke forneceu a música. Temos trabalhado sem descanso em várias versões de Eduardo durante os últimos quatro ou quê anos, enquanto frequentamos a escola e os nossos empregos normais de dia. Ainda continuamos a trabalhar nos nossos empregos normais, e se Eduardo for um sucesso esperamos que possamos fazer videojogos como forma de ganhar a vida.
Nós os três, mais o Ray na música.
Literalmente apenas bastou um simples email. Apesar de sermos novatos, alguém na Nintendo ajudou-nos e deu-nos uma oportunidade.
Foi uma ideia aleatória que mudou durante a criação de vários protótipos. No início Eduardo era uma torradeira mágica, depois por pouco tempo tornou-se numa borracha com uma fita na cabeça (brinquei com vários conceitos diferentes) e quando voltei à ideia da torradeira mantive a fita e dei-lhe um corte de cabelo que um samurai poderia usar. Sou grande fã de filmes de samurais antigos e isso certamente me influenciou.
Joga-se de uma forma próxima a uma junção de Gunstar Heroes com Metal Slug, com uma grande ênfase no conceito grab and throw de Gunstar Heroes. Vai haver muito caos e vais enfrentar um grande número de inimigos durante a maior parte do tempo. Quando lançarmos um vídeo as pessoas vão ter uma ideia melhor de como se joga.
Dei ao jogo o nome de um amigo meu brasileiro Eduardo Siqueira. Achei que seria porreiro ter um personagem no jogo com algo mais do que um nome de fantasia ou ficção científica inventado ou nome tipicamente Americano.
Consideramos todas as possibilidades. No início era um jogo para PC, e quando nos tornámos em programadores Wii licenciados decidimos basicamente começar do início e fazer um jogo novo para o WiiWare.