Evolution Studios em entrevista
Lama, barulho, adrenalina e uma ilha tropical.
MotorStorm é indiscutivelmente um dos maiores franchises que a Sony teve o prazer de nos dar e marcou definitivamente a entrada da companhia na nova geração. Um novo IP que teve essa grande responsabilidade, a de servir como um dos cabeças de cartaz aquando do lançamento Europeu da Playstation 3, superando todas e quaisquer expectativas. Tornou-se num dos mais fortes elos de ligação entre a consola Sony e o seu público e certamente marcou todos os que o elegeram como entrada nesta geração.
Depois da poeira de Monument Valley, MotorStorm: Pacific Rift transporta-nos para uma ilha tropical e com a sequela a sair em breve, não nos pareceu haver melhor altura do que esta para conversar com a Evolution sobre este franchise. Com Nigel Kershaw como representante da Evolution Studios, tentámos saber como foi para a companhia registar mais um sucesso e saber mais sobre o novo jogo.
Desenvolver um novo franchise é sempre um grande risco, e com MotorStorm empurrámos as barreiras das corridas todo-terreno para uma nova direcção, foi particularmente arriscado. No entanto como somos todos jogadores aqui, e parecia que estávamos a adorar o que criámos, esperámos que houvesse um público aí fora que também adorasse.
Uma consola da mais alta qualidade precisa de jogos da mais alta qualidade. Existe muita tecnologia em Pacific Rift à qual não conseguiríamos realmente fazer justiça noutras plataformas, tal como a água, lava, vegetação interactiva e coisas do género. Tendo um historial no design de jogos acho isso muito entusiasmante, pois finalmente posso tornar alguns desses sonhos impossíveis como designer de jogos em realidade graças a este poderoso hardware.
Passámos muito tempo aqui na Evolution a criar os jogos WRC, somos grandes cabeças de petróleo, e adoramos rally. Mas após cinco anos a trabalhar num franchise desportivo que tinha estritamente que aderir às regras, tínhamos uma grande lista de onde pensávamos que podíamos levar as corridas todo-terreno para além das restrições impostas pelo livro de regras.
A Playstation 3 é uma peça de tecnologia fantástica e poderosa, mas como tudo o que ultrapassa novas fronteiras, é diferente do que já se passou anteriormente. Assim sendo criar o primeiro MotorStorm foi uma experiência com a qual aprendemos, e com as pressões de desenvolvimento de um título de lançamento, houveram coisas que sabíamos que podíamos fazer melhor, mais rápido e mais impressionante. Pacific Rift é o nosso título Playstation 3 de segunda geração, e tivemos todas aquelas coisas que aprendemos ao criar o primeiro jogo em consideração quando criamos Pacific Rift. À medida que vais progredindo pelo ciclo de vida de uma consola, vais melhorando sempre a forma de trabalhar com ela. Olha para a grande diferença entre o WRC1 e o WRC5, é a mesma consola, mas os jogos estão a milhas de distância em termos de qualidade visual e jogabilidade.
Absolutamente, temos muitos planos entusiasmantes para conteúdos adicionais assim que o jogo for lançado, com novos veículos, novas pistas e algumas surpresas na manga.