F.E.A.R. 2: Project Origin
Alma cresceu, e está mais assustadora que nunca!
Foi com grande ansiedade que vários jogadores (des)esperaram pelo lançamento da sequela de F.E.A.R, um FPS com grandes doses de terror e uma mecânica de jogo suficientemente boa para ter recebido grandes elogios por parte da imprensa especializada. Apesar de ter sido lançado em 2005 para os computadores pessoais, as adaptações para as consolas de nova geração não foram esquecidas, embora tenham ficado a cargo de outra produtora e só terem sido lançadas em 2006 e 2007 para a Xbox 360 e PlayStation 3, respectivamente.
Quem jogou o primeiro título do franchise sabe certamente que toda a história gira em torno da personagem Alma, um ser sobrenatural, da responsabilidade de uma companhia chefiada por Genevieve Aristide. F.E.A.R. 2: Project Origin integra, portanto, a história do título anterior, começando minutos antes de se dar a explosão que dá final ao F.E.A.R original, e o jogador, controlando o sargento Michael Becket, membro integrante da Delta Force, tem como objectivo primordial capturar Genevieve.
Como todos nós sabemos, em jogos que metam sustos pelo meio, as coisas nunca correm como planeado, e rapidamente ficamos por nossa conta. Escusado será dizer que o terror é uma constante, e logo de início existem situações capazes de fazer qualquer um dar um pulo do sofá. Alma, tal como no jogo original, vai fazendo a sua aparência várias vezes em secções jogáveis, com espantosos efeitos visuais e sonoros que nos obrigam a manter o ritmo cardíaco acelerado. Quando o fato da nossa personagem sofre algum tipo de interferência, é porque algo vai acontecer.
Mas não é apenas Alma que nos vai pregar uns sustos. Pelo cenário o jogador vai encontrar personagens pouco sociáveis, algumas delas bastante assustadoras, que nos vão dar algum trabalho, e para isso teremos à disposição as ferramentas adequadas, mas já voltamos a este tema mais à frente.
Apesar de em alguns momentos existir a sensação de previsibilidade em relação aos acontecimentos que se vão suceder, Project Origin prima na componente de terror e “suspense”. Ao juntarmos a isto um ambiente de cortar à faca, onde o uso da lanterna é essencial, temos tudo dito.
Um dos ingredientes para o sucesso de F.E.A.R. foi o facto da Monolith Productions ter conseguido juntar, de forma bastante eficaz, o género “Survival horror” e FPS. Neste novo episódio, a mecânica de jogo mantém-se inalterada, o que não é propriamente bom. Claro que existem melhorias no jogo bastante óbvias, mas este não é um título que irá causar o mesmo impacto do que aquele que causou em 2005.
A possibilidade de abrandar o tempo regressou. Mais uma vez, quem jogou o original já deve de estar familiarizado com este poder, que torna os combates mais fáceis. Se tivermos vários inimigos num mapa, podemos activar este efeito, de modo a que nos possamos desviar das balas que surgem de todas as direcções. Também é bastante útil caso queiramos eliminar hordas de inimigos sem grandes complicações.