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FlingSmash

Alguém furou a bola.

A Nintendo apresentou o Wii motion plus há quase dois anos. Com o Wii motion plus a Nintendo pretende assegurar uma maior precisão na captação dos movimentos, a uma ligação correspondente de 1:1, que significa uma correspondência máxima. Há bastantes jogos que beneficiam deste extra, mas nem todas as produções lhe atribuem a melhor utilização. Alguns jogos colocam mesmo o acessório como extra, numa tentativa de pôr imediatamente o jogador a par da inovação e recorrer à melhoria. Com FlingSmash a ideia foi mais longe e a opção tomada foi a de incluir um Wii remote já com Wii motion plus integrado na embalagem. Isto significa que pelo preço normal do jogo não apenas ficam com o FlingSmash como também juntam um outro comando.

O que é desde logo uma boa parte do valor, pois de resto o veredicto quanto a esta proposta “first party” da Nintendo deixa muito a desejar. Teria sido melhor opção lançar o jogo através da loja on-line WiiWare (Wii shop channel), pois a sensação que fica é de um jogo muito curto, simples e acessível em tão grande parte do jogo (do primeiro ao sexto mundo), para depois ocupar alguns momentos de frustração particularmente no “boss” do sétimo mundo. Para os critérios da Nintendo é difícil perceber como foi dada luz verde para este projecto cuja lacuna mais relevante é mesmo a escassa dimensão. Três a quatro horas chegam para completar o jogo e sem outras opções de monta, diremos que lutar por melhores pontuações, não é propriamente o melhor entendimento para uma designação de longevidade.

Defende esta.

Na folha, Fling Smash podia resultar. Recuperar mecânicas de “pinball” e ténis para avançar em níveis horizontais e verticais, rebentando com caixas e recolhendo medalhas em prol da melhor pontuação, seria uma boa escolha para os métodos tradicionais do wii remote, melhorados com o wii motion plus. Contudo, o resultado final desfaz os propósitos iniciais.

Zip é uma bola saltitante, uma bola amarela com pequenos braços e pernas e a última esperança para salvar a ilha, depois de uma entidade malévola assolar o espaço paradisíaco e remeter a princesa da palmeira sagrada para um sono profundo. Cabe a Zip “rebentar” com oito mundos e recuperar a totalidade das pérolas colocadas em locais distintos. Dessa forma os espíritos da palmeira sagrada poderão afastar todo o mal que assola a ilha e trazer de volta a paz.

A percepção inicial do controlo de Zip causa alguma desorientação. A bola faz “tilt” nas paredes e percorre o espaço enquanto não lhe for aplicada mais uma pancada que a atire na direcção de um ponto específico. A diferença desta proposta para as máquinas de “flippers” e de ténis, por exemplo, é que a bola avança por um segmento horizontal (ou vertical) em constante movimento, o que significa que a bola nunca regressa a um ponto fixo, mas saltita pelo meio dos obstáculos e cabe ao jogador impedir que a bola se atrase e seja comida por uma espécie de monstro de duas cabeças ou fique encurralada entre blocos. E não só o jogador terá de ser lesto neste processo como deverá observar atentamente o cenário e remeter a bola na direcção de objectos valiosos que acrescentem mais pontos, devendo rebentar com pesados blocos ou descobrir chaves para abrir caminhos opcionais.