God of War II: Divine Retribution
A PlayStation 2 ainda não morreu após a chegada da sua irmã mais nova, e até tem vendido mais que o esperado. Uma causa para isso acontecer é o retorno do vingativo guerreiro espartano Kratos ás origens divinas, na sequela God Of War II: Divine Retribution. Kratos regressa quando este jogo se encontra no seu auge, estando já agendada uma versão PSP (pelos mesmos produtores de Daxter) e o terceiro capítulo para nova geração, estreando-se assim na PS3.
Elevando a consola novamente ao limite, esta nova aventura segue os acontecimentos da primeira com cenários espectaculares, onde as batalhas são fluidas e lindas de se verem, contando também com um enredo fascinante e um motor de jogo simples. God Of War II faz parte do grupo dos favoritos da actualidade, levando os elementos já conhecidos de acção em terceira pessoa a patamares nunca antes vistos.
Recorrendo á história antiga da civilização grega, que está coberta de grandes batalhas vermelhas, amores e paixões traídas, alianças traiçoeiras, muitas conspirações e fantasmas do passado, a equipa por detrás de God of War II usaram isso para elaborar mais um sucesso nos videojogos.
Um dos segredos de God Of War e também uma razão de ser considerado jogo para maiores de 18, não é apenas o sangue e violência nele contido, nem a bruta correspondência aos adversários aquando o combate. Os mini jogos são uma constante, sendo um deles relativo ao sexo, que dará imensas órbitas vermelhas a Kratos. Este está escondido no primeiro nível, logo após o primeiro confronto com o Colosso de Rhodes, que nos envia para longe, destruindo uma cúpula, caindo nós numa casa de banhos/sauna. Nessa zona se destruírem umas placas de privacidade que por lá se encontram antes de seguirem o vosso caminho, poderão se entreter um pouco com duas beldades. Beldades essas que tanto durante o jogo como durante os filmes relativos á narração se encontram normalmente em trajes mínimos.
Kratos luta pela vida numa das maiores batalhas de Esparta. Em derrota iminente, invoca Ares o Deus da Guerra para destruir o exército de bárbaros. Ares concede-lhe assim as Blades of Chaos, lâminas agarradas aos seus braços por correntes a ferver. O espartano torna-se posteriormente seguro de si e destrói todos os seus inimigos, deixando-o cego de poder, sendo levado a liquidar também o seu filho e esposa. Kratos, sedento de vingança, procura a Caixa de Pandora que lhe trará ainda mais poder para vingar os seus e derrotar Ares, tomando o lugar como novo Deus da Guerra. Após estes acontecimentos que são relativos ao primeiro título, Kratos descreve-se um soberano insensato e permanece no seu lugar, enviando e supervisionando o seu exército espartano para conquistar terras e cidades em toda a Grécia, onde os gritos e dilúvios de sangue chegam ao Monte Olimpo, incendiando a cólera de Zeus, seu pai. A deusa Athena tenta avisar previamente Kratos das decisões que a sua sede de sangue e guerra violenta o podem banir do estatuto de Deus, mas este vira-lhe as costas, levando Athena a trair o nosso anti-héroi vitalizando a estátua da entrada no porto da Ilha de Rhodes, onde poderemos sentir uma breve antecipação aos poderes colossais que teremos no final do jogo e muita adrenalina em várias fases de combate diversificado.
Com os poderes de deus ainda consigo Kratos consegue combater o colosso sem problemas, mas sem maneira de o destruir. Zeus, num plano maléfico oferece-lhe a Espada do Olimpo, para onde o nosso personagem terá que enviar todos os seus poderes divinos de forma a conseguir usá-la, tornando-se um simples mortal, satisfazendo os objectivos do pai dos deuses. Após derrotar o Colosso de Rhodes, Zeus desce á Terra e acaba por atacar o guerreiro que desvanece em sangue (e aqui o nosso personagem mexe-se muito lentamente, dando a soberba sensação que não tem forças, cambaleando), acabando por o matar. O sub mundo de Hades tenta recolher o corpo como troféu, mas Gaia, (o espírito da Terra) acaba por o salvar e dá-lhe a hipótese de inverter o passado, indicando-lhe o trilho misterioso até ao Templo das Sisters Of Fate (Irmãs do Destino, que possuem a capacidade de recorrer ao passado/presente/futuro e de alterar o destino de deuses e mortais). Reduzido a mero mortal e sem poderes divinais, o fantasma de Esparta parte para fim incerto seguindo um caminho de mistério. Caminho esse repleto de inimigos como seria de esperar, onde também, armadilhas e puzzles mortais variados serão uma constante até a decisiva luta final contra o pai dos deuses. No final Athena morre a tentar salvar Zeus e Kratos decide usar a os fios que tecem o nosso destino para voltar á altura em que os titãs e deuses se confrontavam e recorrendo a Gaia, transporta estes para o Monte Olimpo, declarando guerra aos deuses, onde deixa antever uma nova sequela fenomenal.
Com os nossos poderes destituídos, há que voltar a ganhá-los e é aqui que entra a jogabilidade. Quem é dono do primeiro jogo, com certeza estará habituado a uma fluidez de combate agradável, onde nem a quantidade de inimigos estraga o prazer de os desmembrar. Com uma mecânica de acção eficaz e mortífera, ansiamos por combates intensos, onde existe um botão para golpes mais fracos, mas rápidos e outro para golpes mais devastadores, que juntando um saltinho aqui ou agarrando um dos nossos adversários ali, nos causas uma sequência de golpes potentes e bonitos de observar. Ao coleccionar as órbitas vermelhas, poderemos elevar esses golpes ainda mais, já que os botões L e R permitem um novo horizonte em matéria de combinações impiedosas.