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Golden Axe: Beast Rider

Desenterrar o passado.

Estamos no ano de 1989. Golden Axe, um jogo “side-scrolling” ao bom estilo “hack and slash”, é lançado para a Mega Drive. O sucesso é tremendo, e desde logo muitos jogadores se renderam a esta série. Nos dias de hoje muitos são aqueles que ainda recordam o título da Sega com grande nostalgia, e o novo jogo da companhia, Golden Axe: Beast Rider, foi certamente mantido de baixo de olho.

Será que a espera valeu a pena? Respondendo de forma rápida, não! Acreditamos que os grandes clássicos devem ser lembrados pela grandiosidade que tiveram no seu tempo, e não devem ser desenterrados com o pretexto de vender cópias, enganando aqueles que procuram uma experiência de jogo semelhante àquela que tiveram há anos atrás.

A história de Golden Axe: Beast Rider gira em torno de Tyris Flare, uma guerreira conhecida do primeiro jogo GA, e que aqui nos acompanha ao longo dos vários níveis. Como em qualquer jogo de acção/aventura que se preze, em Beast Rider teremos de enfrentar o lado das trevas, ou por outras palavras, as tropas de Death Adder, quem têm poder total sobre as várias regiões, tendo eliminado todos os povos, assim como os protectores do último titã, um dragão colossal. Dito isto, é mais que óbvio que o objectivo de Tyris é dar uma valente lição aos maus da fita.

No início do jogo, para nos ajudar a compreender o sistema de ataques, temos à disposição um pequeno tutorial. Este não demora mais do que cinco minutos a completar, e revela-se bastante útil, caso queriam avançar no jogo. Isto porque a mecânica de combate é um pouco diferente daquela a que estamos habituados. Temos apenas dois botões de ataque (o “X” e “quadrado” na versão PS3, ou o “A” e o “X” na 360). Como já devem de estar a adivinhar, este não é um título que prima pelas “combos”.

Besta VS Besta

Além dos golpes que podemos infligir nos nossos adversários, temos à nossa disposição uma mão-cheia de poderes que vamos adquirindo ao longo da aventura. Todos eles rodam à volta do fogo, ou não fosse um dragão o tema principal do título. Optar por um ataque de magia é bastante simples. Basta escolher no “d-pad” esquerda ou direita, e de seguida pressionar “círculo” ou “B”, dependendo da plataforma em que estão a jogar. Algumas magias, que adquirimos numa fase mais avançada, são activadas quando pressionamos duas vezes o botão de acção referido em cima.

Mas não fiquem a pensar que podemos usar a toda a hora estes ataques. Temos uma capacidade máxima de magia que podemos transportar, e esta só é restaurada quando encontramos caixas com a substância azul, ou pedras mágicas. O sistema de restauração de vida também funciona da mesma forma. Além disso, ainda existem os gnomos, criaturas que surgem de baixo da terra, e que transportam em cestos os itens já mencionados. Mais uma ajuda preciosa, caso os consigamos apanhar, pois estes estão sempre a mudar de direcção.

Algo que aprendemos no início é que aqui não podemos apenas atacar. A defesa pode ser, por vezes, o ponto mais importante numa batalha. No entanto, este também é um dos grandes problemas do jogo. Quando pressionamos o botão referente à protecção, Tyris fica protegida por algo como um segundo, e ao fim de nos defendermos de um golpe ficamos sem reacção por mais algum tempo; resultado, se outro inimigo nos atacar na mesma altura, não podemos fazer nada para evitar essa investida. Esta falta de fluidez em combate faz com que percamos a sensação de poder.