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Hunted: The Demon's Forge

Uma aventura interessante mas mal conseguida.

Se há coisa que marcou esta geração de consolas foi a ascensão dos modos cooperativos. Enquanto que no tempo da PlayStation 2 e Xbox a grande maioria dos jogos concentrava-se na experiência para um jogador, agora temos jogos feitos a pensar quase exclusivamente em dois jogadores. Até séries de renome, como Resident Evil, apostaram nesta componente recentemente. Se prestarmos atenção, reparamos que os modos cooperativos são mais frequentes nos shooters, um género em que se adaptam mais facilmente.

A inXile Entertainment quis aplicar o cooperativo a um género bastante diferente, os RPGs, e assim surgiu Hunted: The Demon’s Forge. Se bem que não é correto classificá-lo com um RPG puro e duro, é mais um jogo virado para ação/aventura, o que facilitou a introdução do cooperativo.

Seguindo o mesmo caminho que todos os jogos com cooperativo, Hunted: The Demon’s Forge não obriga ninguém a jogar com outro jogador, mas claro que foi produzido a pensar nesse propósito. Uma segunda personagem está sempre presente, estejam a jogar em cooperativo ou não. Quando estiverem a jogar sozinhos, a inteligência artificial assume controlo da outra personagem. Não posso dizer que seja particularmente boa em eliminar os inimigos que vão surgindo, no entanto, não incomoda e quando estamos a morrer vem logo em nossa ajuda.

Uma dupla interessante.

As personagens que vamos controlar em Hunted: The Demon’s Forge são dois aventureiros chamados Caddoc e E’Lara. Ambos têm personalidades bastante distintas bem como métodos de combate diferentes. Caddoc é os músculos do grupo e está sempre no calor do combate, enfrentando os adversários de uma forma próxima. Já E’Lara prefere ficar mais atrás e limpar tudo com o seu arco, mas ambos podem trocar facilmente de papel, Caddoc também possui um arco e E’Lara pode combater frente-a-frente.

Existe a escolha de como querem desfrutar do modo cooperativo, podem fazê-lo online ou em offline, com o ecrã dividido e com um amigo ao vosso lado. Caso escolham esta última, vão reparar em alguns problemas. Para começar, o ecrã fica dividido na horizontal e não há opção de meter na vertical, e em segundo lugar, fica demasiado pequeno pois os lados ficam preenchidos com uns desenhos em preto cuja utilidade é zero. Ou seja, numa TV HD 16:9 terão metade do ecrã a preto, isto num modo de ecrã dividido. Estranho no mínimo.

De facto, o jogo torna-se ligeiramente mais divertido quando jogado em modo cooperativo, contudo, não é isto que o salva das inúmeras falhas. Rapidamente é percetível que não há muita variedade, é sempre a seguir em frente enquanto enfrentamos vagas e vagas dos mesmos inimigos. Ocasionalmente encontramos um caminho alternativo que tem como finalidade a exploração e que dá a oportunidade de encontrar alguns bónus, como é o caso de armas mágicas.