Infinite Undiscovery
Descoberta mágica mas limitada.
Depois do sol e das férias, chega a hora de voltar à rotina normal, sobrando mais tempo a ser preenchido com os nossos hábitos tradicionais. Ser jogador é algo que já faz parte de nós, é uma componente que nos caracteriza e quando chega a hora de enfrentar o frio e a chuva que faz lá fora, nada melhor do que viajar numa nova fábula a cargo de quem anteriormente já nos deu outras grandes histórias.
Com o chegar de Setembro, tem início uma nova fase, um novo período que pode ser considerado como um aquecimento para a época Natalícia, um período durante o qual grande parte dos títulos mais aguardados durante o ano são lançados. Enquanto a habitual necessidade de reconforto e espírito de entre ajuda patrocinados pelo surgir das luzes e enfeites nas cidades não chegam, enfrentamos um período que é dos mais acarinhados pelos da nossa espécie. Um período onde o tempo perdoa e dá-nos a desculpa ideal para justificar esta nossa postura de vida perante quem não a percebe.
Neste novo período, o final das férias deixa-nos mais melancólicos e mais carentes, na procura de novas experiências que possam consolar as nossas necessidades enquanto jogadores. A nossa mente fica mais sensível para contos de magia e fantasia e não nos parece haver melhor altura do que esta para o lançamento de Infinite Undiscovery. O primeiro entre vários jogos que a Square Enix tem preparados para a Xbox 360.
Numa indústria como esta, ideias fixas ou pré-concebidas por vezes não duram muito a serem corrigidas mas quando falamos de uma obra que envolve os nomes como os que estão por detrás deste Infinite Undiscovery, é praticamente impossível não levantar as expectativas e aguardar por um resultado capaz de satisfazer as necessidades que os fãs do género enfrentam. Mesmo quando estamos perante algo que nada de novo parece vir oferecer.
A cargo da Tri-Ace, que conta no seu currículo com nomes como Star Ocean e Valkyrie Profile, este jogo parece ostentar a mesmo qualidade que a Square Enix confere a todos os seus títulos. Mesmo não tendo a importância de alguns já conhecidos supra-sumos do género, este Infinite Undiscovery assemelha-se como uma mais do que bem vinda opção para quem não dispensa a sua dose de RPG`s.
Fabulosa como poucos na arte de criar fábulas, a Tri-Ace conta-nos a história de uma terra na qual a prosperidade reinava graças à lua. Um certo dia, a lua foi presa à terra com várias correntes que começaram a destruir as terras onde se colocaram. A força sinistra responsável por tal acto, denominada por “Order of the Chains” e liderada por um cavaleiro maléfico, prendeu um jovem de nome Capell. Sem saber o porquê, Capell era chamado de o “libertador”, até que um dia foi salvo por uma jovem chamada Aya e ficou a conhecer um homem com uma aparência igual à sua, Sigmund “O Libertador”. Será este encontro que irá mudar a vida de Capell, cujas aventuras vamos conhecer.
O tradicional herói contra vilão com a salvação do mundo em questão. Uma abordagem tradicional mas com algumas revira-voltas pelo meio, se bem que em alguns pontos, Infinite Undiscovery faz mais mal do que bem a si próprio. Conseguindo com mérito criar um desenrolar de acontecimentos que aliados ao estilo dos combates conseguem criar um bom sentido de narrativa fluída e agradável, a verdade é que Infinite Indiscovery magoa-se a si mesmo ao tornar momentos potencialmente empolgantes e interessantes em sequências pouco conseguídas e até estranhas em alguns momentos.