Killzone 2
Look! Red eyesssss....
Helgan. Planeta negro, hostil, devastado e terrivelmente possuído por uma atmosfera agreste, sufocante e maldita. É este o planeta em que vivemos, é este o ambiente de Killzone 2.
Helgan não é um ambiente de guerra qualquer, é o covil dos Helghast, habitantes mutantes, povo rebaixado, oprimido, violento e sedento de poder e honra. Na sua génese está a mente do Imperador dos Helghast, Scolar Visari (este nome faz-me lembrar alguém). Num volte face na guerra contra os humanos, os Helghast viram-se obrigados a recuar para o seu planeta natal, e é neste ponto de chegada que começa Killzone 2, com Helgan no horizonte.
Falar de Killzone 2 e não falar de todo o seu processo de criação é um erro crasso, mesmo que isso tresande a cliché por todos os lados. Mas na verdade não é isso que vocês querem já saber? Sim já jogamos Killzone 2, na sua parte de campanha, e podemos dizer em primeira mão que superou em muito as nossas expectativas, mas que nos deixa com um enorme ponto de interrogação como nenhum outro. A versão que tivemos acesso, é já uma versão bastante avançada, quer na construção de todo o cenário, bem como em toda a mecânica, o que nos leva a crer que esta versão preview é já um vislumbre bastante certo do que podemos esperar em Fevereiro de 2009.
Tecnicamente Killzone 2 é um monstro. Fizemos algo que todos deverão fazer quando jogarem pela primeira vez Killzone 2, façam um flashback ao tão afamado trailer de 2005, e compreenderão o porquê de Killzone 2 ser um monstro. A sensação de estado de sítio, a sensação de algo maior acontecer em volta de nós impera a cada esquina. O que mais nos surpreendeu foi toda a sensação de atmosfera, todo o ambiente em nosso redor, que transmite um sentimento ímpar de destruição, realismo e emoção. E é neste aspecto, que afirmamos com todas as palavras que gostamos mais de Killzone 2 em tempo real, jogável, que o tal vídeo pré-renderizado. Claro que a nível da qualidade da animação, dos modelos das personagens, bem como nos materiais, Killzone 2 está bastante longe do target trailer.
Mas aqui é que se encontra o dilema, após efectuarmos o tal flashback deparamo-nos a pensar que gostamos muito mais do estado actual de Killzone 2. Como um todo, e olhando para uma questão pertinente, que é: “O que sinto a jogar?”, que é bem diferente de observar vídeos e trailers. Killzone 2 está simplesmente fantástico, os fanboys da actualidade que me desculpem e podem já começar a dizer @£$%&#$, e também %&$#@§, mas nunca poderão tirar o mérito à Guerrilla Games pelo que fez.
Falando mais precisamente em questões técnicas, achamos que este é um dos jogos que melhor consegue fazer uso do hardware da PlayStation 3. A capacidade de renderizar em tempo real de tudo o que vemos no ecrã, é simplesmente um feito invejável. Podemos contar com espantosos efeitos de luz e de seus reflexos, de self-shadow, do motion blur, que criam uma paleta de acontecimentos visuais extremamente artísticos e dinâmicos. Este ambiente criado, faz-nos lembrar muitas vezes o filme, The Chronicles of Riddick, no sentido de diferentes posições do sol, e dos astros, que cria no planeta um ambiente bem diferente do nosso.
A luz, ou a ausência dela, provoca as mais belas cenas que já vimos num videojogo. Embora percorramos o jogo de uma forma extremamente linear, indo do ponto X para ponto Y para efectuar Z tarefa, a diversidade de ambiente e excelentes cenários, permite que ausentemos da nossa mente essa linearidade. Os cenários de uma urbe destruída, são pautados por becos escuros, húmidos e extremamente fechados, para zonas mais claras e com mais luz, em ambiente abertos.