MGS 4: Guns of the Patriots
Solid Snake prepara a invasão à PlayStation 3
A chegada de um colosso à nova geração
Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots é um dos grandes destaques do ano e um dos jogos mais aguardados, sendo também um dos maiores trunfos da Sony para a sua PlayStation 3. O mais recente capítulo de uma série cuja fama nasceu e cresceu nas consolas Sony. Metal Gear Solid vai agora ser elevado a um novo patamar e a uma nova geração, o que aliado a todo o poder da alta definição será com certeza algo poderoso de ver.
Metal Gear Solid sempre foi um daqueles jogos que chega a determinada altura e é para nós maior do que qualquer outro. Ostenta uma capacidade surpreendente de nos envolver, onde as barreiras entre jogo e cinema parecem desaparecer, o que origina uma experiência superior e deliciosa. Muitos afirmam, que os videojogos são uma forma de arte, mas de que forma poderá este tipo de arte se manifestar? Através de uma cativante jogabilidade, através de uma história poderosa e arrebatadora, através de gráficos fantásticos ou através da capacidade de nos colocar em locais e situações muito superiores a nós mas que nos sentimos na mesma compelidos a vivê-las? Todas poderiam servir para descrever de alguma maneira a obra de Hideo Kojima. Uma figura que ganhou o respeito e admiração de milhares de jogadores e que se prepara para o fazer mais uma vez. Conquistando pelo meio uma nova geração de jogadores.
Um velho soldado contratado para fazer um trabalho sujo
Guns of the Patriots traz de volta Solid Snake, agora bastante enfraquecido e muito mais velho, devido ao débil processo de clonagem do qual é resultado. Snake é chamado para cumprir uma última missão, talvez a mais importante de todas, matar Liquid Ocelot.
Decorrido 5 anos após os eventos vistos em Sons of Liberty, Guns of the Patriots coloca-nos num cenário onde a guerra tornou-se um negócio e actualmente as várias nações contratam companhias militares privadas para travarem as suas guerras. Soldados sem pátria com o único propósito de ganhar dinheiro. Sem que ninguém desse conta, não até ser tarde demais, as 5 maiores dessas companhias militares privadas estavam ligadas entre si e ao comando de uma companhia mãe. Algo que fez com que se tornassem ricas e poderosas. A companhia mãe tem como nome "Outer Haven" e é liderada por Liquid Ocelot que após conseguir reunir um verdadeiro exército, prepara-se agora para cumprir os seus objectivos.
Escondido algures no Médio Oriente, Liquid Ocelot dá forma aos seus planos e caberá a Snake por um fim a um esquema que poderá desencadear um guerra de proporções inimagináveis. Especialmente porque Liquid pode estar na iminência de conseguir controlo completo sobre o campo de batalha.
A guerra evoluiu e com ela quem a trava, os soldados. Todos os soldados são melhorados geneticamente graças a um tratamento, com o uso de nanomachines, que aumenta os seus sentidos e capacidades. Liquid poderá ter descoberto como controlar as nanomachines, o que quer dizer que poderá controlar qualquer soldado no campo de batalha e conquistar qualquer país sem lutar.
Esta é a premissa que irá dar inicio a todos os acontecimentos. O resto caberá a todos nós descobrir.
Uma série como esta com um argumento tão imprevisível quanto se possa imaginar, oferece assim uma das suas maiores delícias e ao mesmo tempo, um dos seus maiores desafios. Mesmo para todos os que sabem de cor a história dos anteriores, pouco ou nada conseguem discernir sobre os acontecimentos do próximo capítulo e todos aguardam pelos momentos em que irão levar com um daqueles "socos" que esta série aprendeu a dar como nenhuma outra.
Esta capacidade, ou este privilégio, está apenas reservado a alguns e só mesmo uma mente tão genial como a de Hideo Kojima, poderia voltar a surpreender um público que depois de tantas surpresas poderia supor que mais nada os iria surpreender.