Need for Speed: The Run - Análise
3000 milhas de pura adrenalina.
Need for Speed: The Run marca o regresso da produtora Black Box à série, que esteve ausente durante um período de dois anos. Embora tenha sido esta mesma produtora que nos trouxe os populares Underground (e sequela) bem como Most Wanted, os seus últimos títulos, ProStreet e Undercover, provaram que os anos consecutivos a produzir a série Need for Speed tinham desgastado a Black Box.
Agora que já teve um bom descanso, a Black Box parece ter refrescado as ideias e conseguiu pensar em algo original. Need for Speed: The Run é algo fresco na série, pois leva-nos para uma corrida que atravessa os Estados Unidos, desde São Francisco até Nova Iorque. Um lindo costa-a-costa.
Adicionalmente, o jogo aposta numa estória e para variar, a personagem principal tem uma cara e um nome. No decorrer desta corrida, em que o prémio para o vencedor é de $25,000,000, controlamos Jack Rourke. Os seus motivos para participar na corrida são simples, escapar a uma sociedade de crime organizado que o persegue.
A estória nunca assume um nível profundo, nem é explorada tanto quanto poderia ser, o que cria alguma desilusão, mas ainda assim, consegue oferecer elevados níveis de adrenalina. As QTEs, algo completamente novo para a série, vêm ajudar neste efeito. Estas são apenas usadas quando Jack se encontra em alguma situação de perigo e fora do seu carro. Se falharem um botão, não é "gamer over" direto, as animações continuam e temos outra oportunidade.
Esta corrida de 3000 milhas está dividida em várias etapas e distribuída por vários tipos de eventos, portanto, não vão conduzir verdadeiramente durante 3000 milhas. Haverá a oportunidade de visitar os quentes desertos em redor de Las Vegas (e a própria cidade), uma montanha gelada e até uma bela floresta. Nos eventos, terão que ultrapassar um determinado número de adversários, recuperar tempo perdido, correr contra rivais e escapar à polícia.
Para trocar de carro, a Black Box decidiu que não podemos simplesmente escolher um novo carro para cada evento, o que até faz sentido. Se quiserem trocar de carro, terão que esperar que apareça uma bomba de gasolina num dos eventos. Mas a própria estrutura do jogo dará outras oportunidades para escolherem outro carro. Ao longo da corrida, Jack espatifa vários carros, e será nessas ocasiões que surgem novos carros.
Quando chegamos ao final, o jogo refere que demoramos cerca de duas horas a completar esta "longa" corrida. Mas isto não quer dizer que são duas horas reais no ambiente e estória. Pois muitas vezes, junto com as cut-scenes, saltamos de cidade em cidade e horas. Mas mesmo assim, o número duas horas é enganador, porque apenas refere o tempo passado literalmente a jogar, sem cinemáticas, sem a navegação pelos menus e escolha dos carros. Na verdade, o tempo necessário para chegar ao final deste modo é cerca de cinco horas.
Para quem quiser repetir a experiência e procurar um maior desafio, no final é desbloqueada a dificuldade "extreme". Como já podem antever pelo nome, não será fácil vencer nesta dificuldade e provavelmente terão que repetir os eventos várias vezes até que consigam ser vitoriosos.
Algo sempre necessário num Need for Speed, são grandes máquinas. E The Run cumpre nesse aspeto. Há carros para todos os gostos, desde aqueles mais comuns que vemos no dia-a-dia, como o Volkswagen Scirocco ou Ford Focus, até carros super-exclusivos como o Pagani Huayra e Lamborghini Sesto Elemento. O tuning foi completamente deixado para trás, e para além de escolher a cor dos carros e uns body kits simples, nada mais podem alterar.