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No More Heroes: Heroes Paradise

Bem vindos ao Jardim da Loucura.

Foi apenas há relativamente pouco tempo, com a antevisão de Shadows of the Damned, que tive o meu primeiro contacto com uma obra de Goichi Suda, normalmente conhecido pela alcunha Suda 51. Posso dizer que foi amor à primeira vista, e a única coisa de que me arrependo é de não ter jogado um dos seus títulos mais cedo. O que mais me agradou, foi o seu estilo estilo próprio. Não está preocupado em competir ou ser melhor que outros jogos e é completamente desinibido, não tendo medo de mostrar aquilo que é.

No More Heroes segue o mesmo estilo, ou melhor, Shadows of the Damned é que segue o mesmo estilo de No More Heroes. Previamente um exclusivo Wii, No More Heroes está agora ao alcance dos donos de uma PlayStation 3, graças uma versão em alta definição produzida pela FeelPlus. Como nunca tive a oportunidade de o jogar na Wii, nada melhor que aproveitar esta versão melhorada visualmente e recheada com mais conteúdos.

No More Heroes conta a estória de um encontro de casualidade num bar. Travis Touchdown, o protagonista que está falido devido a ter esbanjado todo o ser dinheiro em videojogos, conhece Sylvia Christel uma bela e sedutora rapariga que o convida para ser um assassino. Depois de derrotar um tal de Helter Skelter, Travis entra para a décima primeira posição da UAA (United Assassins Association). A partir daqui o seu objetivo é chegar ao topo da tabela, e para isto, é preciso derrotar dez assassinos profissionais.

O próprio jogo diz que não quer desperdiçar o nosso tempo e manda-nos imediatamente para o meio da ação, mais precisamente para a casa do décimo assassino. Aqui surge a oportunidade para ficarmos a conhecer os controlos do jogo através de um tutorial, e existem duas formas distintas para controlar o jogo: o Dualshock 3 ou o PlayStation Move. Embora tenha sido pensado para os controlos por movimentos, o Dualshock 3 adapta-se muito melhor à jogabilidade, pelo que não há necessidade de esbanjarem dinheiro no PlayStation Move se estiverem interessados em No More Heroes: Heroes Paradise. Mas tendo experimentando o jogo com ambos os controladores, é da minha responsabilidade avisar que a diversão aumenta ligeiramente com o PlayStation Move, principalmente nos combates.

A jogabilidade assemelha-se ao vosso típico hack and slash. Com o seu sabre de luz, Travis pode alternar entre ataques baixos e altos para confundir os adversários e quando estes estão à beira da morte, um ataque final poderá ser executado. Sendo Travis um fanático por Wrestling, conhece e consegue por em prática alguns dos seus movimentos. Em raras ocasiões, ganhamos acesso ao "dark side" de Travis, um estado super-poderoso em que cortamos os adversário como se fossem manteiga.

Depois de eliminarmos o décimo assassino, que funciona na realidade como uma amostra daquilo que está para vir, somos apresentados com a dura realidade de um mundo em sandbox. Dura porque a cidade em vivemos, Santa Destroy, uma cidade fictícia situada na Califórnia, é desprovida de vida e muito pobre, e desempenha um papel muito forte na estrutura do jogo. Sempre que quisermos avançar no ranking e enfrentar o próximo assassino, há que pagar à quantia de dinheiro exigida pela UAA. Ganhar dinheiro em No More Heroes é sinónimo de missões secundárias, e existem dois tipos: missões de assassínio ou trabalhos em part-time. Não importa qual delas escolhem, ambas acabam por se tornarem aborrecidas. Nas primeiras, temos que viajar até à localização indicada e "limpar" tudo o que aparecer diante de nós. Nos trabalhos em part-time, também viajamos até uma localização do mapa só que desta vez temos que completar mini-jogos.