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Os jogos portugueses que experimentamos na Comic-Con 2017

Há cada vez mais diversidade nos jogos nacionais.

A indústria portuguesa está a fervilhar com novos jogos. Ainda não está tão evoluída como noutros países, nem temos exemplos como The Witcher 3 para nos gabarmos, mas ambição e vontade não faltam aos produtores portugueses.

Foi isto que presenciamos na Comic-Con Portugal 2017, uma garra enorme por parte dos produtores nacionais, que apesar dos poucos recursos que existem em Portugal para o desenvolvimento de videojogos, não desistem dos seus sonhos. É perfeito exemplo do espírito indie, do qual já têm surgido excelentes propostas para quem gosta de videojogos diferentes e que não têm medo de arriscar e apostar em ideias diferentes.

Disto isto, fiquem com uma lista e breves impressões dos títulos portugueses que tivemos a oportunidade de experimentar na Comic-Con Portugal 2017 que decorreu no passado fim-de-semana:

Inspector Zé e Robot Palhaço em: o Assassino do Intercidades

  • Plataformas: PC (Widows, Mac e Linux)
  • Data de Lançamento: Início de 2018

O primeiro teve sucesso (mais de 100 mil unidades vendidas) e ajudou a Nerd Monkeys a estabelecer-se como um dos principais estúdios de videojogos em Portugal. Uma sequela, que se apoia nas forças do primeiro, está prevista para 2018.

Se não jogaste o primeiro, trata-se de um point-and-click que bebe muito da cultura portuguesa. A personagem é um detective que se acha mais do que o que é e está sempre acompanhado por um robot que adora lançar piadas secas. O mais engraçado deste jogo é que acaba por ser uma caricatura de Portugal. Basta olhar para as personagens que encontramos quando damos início à investigação no inter-cidades: temos um grupo de fãs de futebol que só querem falar da bola, velhos desdentados que comem as letras das palavras, um pica que parece um armário da cintura para cima e um palito da pintura para baixa, e um grupo de mulheres todas produzidas.

O melhor de tudo é que a sequela será gratuita para aqueles que compraram o primeiro!

Sobre a Nerd Monkeys: A Nerd Monkeys é uma empresa de videojogos com sede em Lisboa.

Tem como foco a produção de videojogos originais e inovadores para todo o tipo de plataformas, consolas, PC e equipamentos móveis. Em apenas 4 anos estabeleceu-se como uma das mais emblemáticas empresas de videojogos em Portugal estando a posicionar-se já desde 2016 para lançar títulos exclusivos e únicos para consola e PC.

Nos últimos 3 anos têm desenvolvido também muitos projectos para clientes, nomeadamente dos Estados Unidos e de toda a Europa, sobretudo para mercado mobile.

É também o organizador e dinamizador do Espaço de Produtores de Videojogos na Comic-Con Portugal desde a sua primeira edição em 2014.

Outsider

  • Plataformas: PC e Xbox One
  • Data de Lançamento: Por definir

Foi a maior surpresa do evento. Não tínhamos conhecimento da sua existência e revelou-se como uma excelente proposta para quem gosta de resolver puzzles. Outsider é um jogo sobre um robô depois da extinção da humanidade. O robô acorda num laboratório, isolado, e tem que escapar da lá.

A demonstração é longa, mas só representa o início do jogo. O primeiro passo é ligar o robô, o requer a resolução de um leque considerável de puzzles. A interacção é simples, resumindo-me a cliques e a movimentos com o rato. Os puzzles testam várias das nossas capacidades, desde a leitura e interpretação visual, até à memória.

Para além da versão para PC, o estúdio assegura uma versão para Xbox One graças à iniciativa ID@Xbox.

Sobre a Once a Bird: A Once A Bird é um nano-estúdio de videojogos formado por Ricardo Moura (game designer/programador) e Tiago Lourenço (ilustrador). Criou o Fold+, seleccionado pela Apple como um dos melhores jogos da semana, Bennu e Graveyard Shift, ambos selecionados pela Microsoft para o Top 20 do concurso DreamBuildPlay. Neste momento encontra-se a desenvolver o Outsider para a XBox One e PC.

Ako: Journey to the Spirit Realm

  • Plataformas: PC e consolas
  • Data de Lançamento: Por definir

Ako: Journey to the Spirit Realm é um jogo promissor e ambicioso, mas que ainda tem muito trabalho pela frente. Influenciado pelo folclore japonês, retrata a história de uma rapariga que ficou perdida no mundo dos espíritos.

A demo que experimentamos era curta, mas impressionava pela direcção artística. As secções de saltos, que compunham grande parte da demo, eram matreiras, o que pode ser atribuído aos estranhos controlos da personagem.

Estamos curiosos para ver como o jogo vai evoluir futuramente.

Ver no Youtube

Sobre a One Pun Games: Um grupo de dois jovens ambiciosos, motivados pelo desejo de criar experiências e mundos imersivos. Neste momento a trabalhar no seu primeiro título, Ako, um jogo de aventura e exploração para PC e consolas, o qual a demo recebeu o prémio Indie Dome 2017 Best Art Direction.