PlayStation 4, o agora e o depois
A consola completa três meses em Portugal.
Faz hoje três meses desde que a mais recente consola da Sony chegou ao nosso mercado, já estava disponível há umas semanas em território Americano, e demorou um pouco até chegar ao Japão (já disponível), mas no que ao nosso calendário diz respeito, 28 de fevereiro marca três meses de presença da PlayStation 4 por cá.
Não me interessa analisar a consola em termos tecnológicos e se a mesma corresponde para já ao pretendido de uma nova geração, (já o fizemos), o que me importa é primeiro tentar perceber o que mudou com a sua chegada, o que fez a Sony até agora para suportá-la, e principalmente o que podemos esperar do futuro, com o crescente investimento da marca na sua plataforma de distribuição digital, o serviço de subscrição, e finalmente o poder da nuvem.
É de conhecimento público que as vendas globais da consola ultrapassaram recentemente a marca dos cinco milhões, acima e antes do esperado pela companhia para o primeiro trimestre. Podíamos dar aqui o exemplo do Japão, um território muito importante, e onde decerto a PlayStation 4 venderá bem, aumentando este número, mas quando a Sony fez as suas previsões, sabia perfeitamente quais os territórios em que ela estaria disponível.
A verdade é que a consola tem vendido bem, e não digo isto devido ao facto de ser difícil encontrá-la nas prateleiras das lojas, a escassez é muitas vezes uma jogada estratégica das companhias (estou a olhar para ti Apple), mas quando analisamos as vendas da PlayStation 2, indiscutivelmente uma das consolas mais bem sucedidas de sempre, e vemos as semelhanças, inclusive com uma ligeira vantagem no “momentum” inicial para a PS4, só podemos esperar um futuro de sucesso para a máquina.
E não me interessa o facto de a Sony estar ou não a ganhar dinheiro com o “hardware”, o que me interessa é que existem mais de cinco milhões de famílias com uma PlayStation 4 ligada ao televisor, isso é que importa, porque é isso que representa potencial para jogos, aquilo que nós, como jogadores, gostamos verdadeiramente.
Em três meses já tivemos uma boa quota parte de jogos em exclusivo para a PlayStation 4, mas é deveras evidente que estamos nos primeiros, muitos deles ainda a meio de uma passagem de geração. Como dissemos já anteriormente, ainda são poucos os que mostram o verdadeiro potencial da geração.
PlayStation Store:
Um dos principais trunfos e alvo de forte investimento da marca é a sua plataforma de distribuição digital, a PlayStation Store. Além das habituais atualizações todas as quartas feiras onde são adicionados novos jogos para todas as plataformas, DLC's e aplicações, a Sony tem promovido também uma agressiva campanha de descontos para convencer os jogadores de que vale a pena optar pelo digital. Estas campanhas têm aumentado nos últimos tempos, o que é um forte indicador de que a companhia tenciona mesmo colocar muitas fichas neste campo.
É certo que muitos jogadores continuam a não estar disponíveis para abdicar do formato físico, no entanto, por vezes as companhias conseguem patrocinar diferenças de preço significativas entre a versão clássica com a caixa e a versão em formato digital. Depois claro, há o Plus, serviço que alavanca sobremaneira a importância da Store, mas já lá vamos.
A PlayStation Store está disponível nas várias consolas da marca, PS3, PS4, PSP e Vita, mas também directamente no browser no PC, onde com o nosso login podemos aceder aos seus conteúdos sem limitações, e depois descarregar o que compramos através da respectiva consola. Ao contrário de outras plataformas deste género que utilizam a sua própria unidade monetária, as compras na PlayStation Store são realizadas utilizando dinheiro real, associando um cartão de crédito à nossa conta da PlayStation Network.
A loja é também uma plataforma que possibilita o apoio ao chamado "cross-buy", que permite que possamos ter na PlayStation 4, alguns títulos que já possuíamos na Vita ou PlayStation 3. Por exemplo, o Flower da Thatgamecompany que foi anunciado na Vita, mas que graças ao "cross-buy" ficaria disponível gratuitamente se já o tivéssemos na PlayStation 3. Esta possibilidade é particularmente importante agora que a PlayStation 4 ainda está a arrancar no que à oferta de títulos diz respeito. Neste sentido, e após três meses de vida, os jogadores com uma PlayStation 4 estão expectantes por mais e mais conteúdos para a sua consola de nova geração.
Outra peça importante deste puzzle é claro, o tamanho do disco da consola. No caso a PlayStation 4 vem equipada com 500 GB de espaço, um número bastante superior ao que a sua irmã mais nova oferecia na altura de lançamento, os jogos são também mais exigentes nos dias de hoje e por isso é importante que o espaço na consola acompanhe os tempos e a exigência dos jogos. Existe forma de trocar o disco do interior da consola, muitos jogadores optam por adicionar um com maior capacidade, ou um SSD para aproveitar o aumento de velocidade de leitura dos jogos. É provável que surjam opções oficiais, com novas iterações da consola no futuro.