Scene it? Box Office Smash
Let's look at the trailer!
Um “pop quiz” é quase sempre irresistível e poucos são aqueles que depois de elegerem uma resposta não deixam de ir imediatamente à folha das soluções apurar se a opção que escolheram está correcta. Perguntas rápidas, sobre áreas tão díspares, são sempre um apelo a respostas encontradas na ponta da língua, ou não, e na diversidade de opções sugeridas, para os mais duvidosos, pode encontrar-se uma boa questão. Porque ninguém sabe tudo, facto comprovado nas centenas de perguntas que compõem jogos da marca Trivial Pursuit (os mais conhecidos dentro deste segmento), certo é que esta vaga de entretenimento mantém a utilidade enquanto as questões não se repetirem e as respostas não ficarem conhecidas.
Não tardou até que o formato de tabuleiro do género “trivia” transitasse para dentro do DVD, destacando-se a marca Scene it? pela mão da Screenlife detentora dos direitos e com bastantes títulos já distribuídos. Coube porém à Krome Studios agarrar a marca e lançar o jogo em exclusivo para a Xbox 360. Com Scene it? Lights, Câmara, Action a Microsoft contemplou os seus utilizadores com o primeiro rival de Buzz para a Playstation 2, o jogo de perguntas rápidas que em pouco tempo se adaptou a Portugal através da voz emprestada de Jorge Gabriel, apresentador de concursos baseados no género como Quem Quer Ser Milionário.
Para este ano a Krome Studios fez chegar a sequela, sob o nome Box Office Smash e que traduz uma considerável expansão e amplitude perante a incursão passada, pondo à prova os mais fiéis seguidores de cinema pipoca, mas em parte os seguidores dos “moves”, na forma do cinema mais tradicional, quiçá menos conhecido, e que por isso deixará alguns jogadores menos preparados à beira de renovadas dificuldades. Comparado com Buzz este Scene it acaba por ser mais expedito e dinâmico na forma como transita pelas rodadas de questões; nunca se sabe ao certo o que vem a seguir. De qualquer modo é possível estabelecer uma ordem antes de começar a jogar, como definir o tempo estimado de jogo, com amplas possibilidades para todos os participantes responderem até à mega final, sobrando o aliciante das partidas em rede, com amigos da lista ou outros, para as situações em que faltem participantes por casa.
Quanto às partidas com os amigos em casa é possível definir alguns parâmetros nomeadamente as penalizações por cada resposta falhada. Isto significa que não respondendo acertadamente o tempo dispendido será deduzido em pontos ao montante total, mas felizmente o bónus de multiplicador de pontos por respostas certas consecutivas não é aplicado neste caso. Sendo deveras penalizador para os jogadores menos à vontade com o cinema, faz sentido activar esta opção para as situações em que os participantes mantêm conhecimentos similares sob pena de existirem resultados díspares no fim da primeira rodada de puzzles.
Outra hipótese para criar mais alguma tensão na passagem dos puzzles passa por seleccionar a opção em que todos podem responder ao mesmo tempo dentro de um determinado limite de tempo e noutros puzzles o primeiro a pressionar o botão maior (Buzz in) fica com a possibilidade de escolher a resposta e reclamar todo o tempo sobrante em pontos. A alternativa a esta opção, particularmente entusiasmante pelos cinéfilos, passa por deixar que todos sejam admitidos a responder à totalidade dos puzzles. O tempo de jogo também pode ser configurado, entre partidas mais curtas (15 a 20 minutos) ou partidas longas (25 a 30 minutos). Em ambos os casos mantém-se o número de rounds e apenas se alargam os puzzles, de três para cinco em cada round, permanecendo ainda o Final Cut com as quatro implacáveis e definitivas perguntas. Sem ninguém por casa e sem acesso à rede qualquer jogador poderá optar pelo modo individual havendo um multiplicador a funcionar cada vez que se faz uma parelha de respostas certas.
Em alternativa aos modos anteriores e com um máximo de quatro jogadores é possível jogar de forma ininterrupta, puzzle após puzzle, sendo que para esta opção todos os jogadores podem responder. Com o lançamento de Box Office Smash no final deste ano, o jogo chegou mesmo a tempo de aproveitar em grande a experiência NXE e com toda a vitalidade que é emprestada pelos avatares individuais e caracterizadores dos jogadores. Apesar de lhes ser dado um papel automático e predefinido, é interessante ver como os participantes se acomodam num belo sofá amplo para ver cinema e regozijam mediante as prestações, tomando reacções diversas, desde entusiasmo, pulos de contentamento até alguma frustração pelo parco resultado. Através de bastantes cenas animadas e com uma apresentação apetecível com os condimentos da sétima arte, que deverá apelar ao paladar do senhor que habitualmente conta sobre o cinema na Sic, Box Office Smash tem uma apresentação muito mais entusiasmante que o título anterior, sobretudo na forma como são dados a conhecer os diversificadíssimos 21 géneros de puzzles.