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Supremacy MMA

Vale até partir ossos.

Quem é que ainda se lembra da experiência dos jogos de luta clássicos, nas arcadas, frenéticos e barulhentos, em que a vitória significava mais que vencer o adversário e ganhava contornos de uma iniciação tribal, uma provação que passava pela humilhação do oponente e o respeito da multidão de espectadores? E mais importante que isso, representava o direito a continuar na máquina, enquanto a moeda (e a sorte) durasse, até sermos derrotados por um ilustre desconhecido que nos retirava todo o estatuto ganho até então...

É precisamente esse espírito de luta rápida, com um conceito puramente arcada, que Supremacy MMA pretende resgatar da velha guarda, distanciando-se na nova geração dos simuladores de combate. A Kung Fu Factory, estúdio responsável por este novo IP, está apostada em trazer de volta essa nostalgia e adrenalina dos antigos jogos de combate, casando esse conceito com as possibilidades agora existente na última geração de consolas.

Tivemos a oportunidade de ver o jogo pela primeira vez num evento que decorreu em Lisboa. A versão apresentada ainda está numa fase de desenvolvimento que permitirá melhorar o jogo até ao seu lançamento. Num mercado onde os jogos como UFC Undisputed, EA Sports MMA e até mesmo o Fight Night marcam pontos, será interessante ver como reagirá o público perante outra oferta.

A história (sim, porque tem uma história!) de Supremacy MMA é de vários lutadores que se vêem obrigados a entrar em circuitos de lutas ilegais e sem regras para sobreviver. Teremos um lote de lutadores, uns reais e outros fictícios, cada um com a sua narrativa e os seus motivos e justificações para entrarem neste mundo de combates de cariz legal discutível na melhor das hipóteses.

E é aqui que entramos num dos outros pontos chave deste título: violência. E muita, muita violência. Preparem-se porque aqui vamos ter todos os golpes proibidos dos representantes "oficiais" dos desportos de combate. Desde narizes partidos a fracturas expostas, há de tudo. E estes danos são visíveis na personagem que controlamos e também palpáveis pois afectam o seu desempenho de forma muito perceptível. Aliás, essa será a única estratégia aplicável em cada round, castigar repetidamente o adversário na mesma zona de forma a maximizar os danos e, com sorte, conseguir alguma vantagem dentro do ringue.

O sistema de combate está dividido nas formas habituais da MMA, de pé, clinch, no chão e manobras de submissão. Aqui nota-se um bom trabalho do departamento de animação da Kung Fu Factory para tornar os movimentos o mais fluídos e dinâmicos, com transições quase imperceptíveis. Quanto à jogabilidade não é possível tirar, para já, grandes impressões pois a versão demonstrada estava ainda em desenvolvimento e com muitas arestas para limar.