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Tactics Ogre: Let Us Cling Together

Revisitar o passado que marcou o futuro

Pelo menos o passado e o futuro de alguém que ficou encantado com a possibilidade de jogar um jogo que lhe viria a ficar marcado na memória. Ainda hoje Final Fantasy Tactics: The War of the Lions é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos e saber que vou ter agora a possibilidade de jogar um dos clássicos que esteve na sua origem é uma espantosa oportunidade tanto para mim enquanto jogador como para a minha relação com a minha PSP, autenticamente fez-me gritar "Vamo-nos manter juntos".

O clássico que foi recentemente recuperado, também na PSP, surge imediatamente nos pensamentos assim que tomamos contacto com este Tactics Ogre pois para além de ser um produto que nasceu deste que agora é recuperado, e lançado pela primeira vez na Europa, contam ambos com elementos chave na equipa de produção. Pessoas que figuram em alguns dos títulos mais fascinantes a nível pessoal vindos da Square Enix como Vagrant Story, Final Fantasy XII e o já referido Final Fantasy Tactics, entre outros, como é o caso de Yasumi Matsuno, Akihiko Yoshida e Hiroshi Minagawa.

Os principais responsáveis pelo lançamento do clássico original disponibilizado na SNES em 1995 reuniram-se agora para este novo remake e todo o jogo parece pronto para conquistar os fãs dos RPGs de estratégia Japoneses. Desde os primeiros instantes em que temos contacto com a arte do jogo e com a sua banda sonora que sentimos estar perante um produto envolto em toda a marca característica e ambiente nos tons do que a Team Ivalice nos deu mas ao contrário dos títulos da Square Enix, Let Us Cling Together não decorrer no mundo criado por Matsuno quando este foi para a Square Enix após ter criado o título original, mas poderia perfeitamente pertencer pois tudo parece reminiscente.

Uma trama recheada de dramas políticos e sociais com personagens cativantes.

Antes de começarmos o jogo propriamente dito temos a possibilidade de escolher entre várias opções que vão afectar os atributos do nosso personagem, e talvez quem sabe mais tarde afectar a história, e apesar de nos lembrar também Final Fantasy Tactics (é inevitável para nós Europeus já que conhecemos primeiro o derivado antes da sua inspiração) aqui temos mais escolhas a fazer. Assim que feitas as opções pessoais, passamos então para o início concreto do jogo e consoante a primeira situação cresce e se desenrola, o tom é todo ele também dentro do que a equipa nos deu nos seus títulos que já conhecemos. Elos de amizade suspensos na balança face a diferentes formas de ver o mundo, tramas políticas envoltas em dramas sociais e toda uma guerra entre reinos que afecta várias pessoas que dependem de como vamos usar a nossa espada.

Ao longo do primeiro acto a que tivemos acesso, toda a história foi envolvente e cativante e é fácil perceber porque os futuros títulos desta equipa, que já conhecemos, se basearam tanto neste e evoluíram tendo-o como base. Jovens que se vêem forçados a tomarem decisões de adultos e englobados numa trama que envolve muito mais do que eles inicialmente pensavam que teriam que enfrentar. Os personagens conseguiram cativar e tudo parece de tal forma rico e absorvente que mal podemos esperar por conhecer mais. O salvamento de um conde aprisionado num castelo rapidamente se torna numa espiral de eventos que nos levam a percorrer o reino e a efectuar pactos com outras facções debaixo da ameaça de uma outra maior.