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The House of Dead Overkill

Overdose de chumbo!

A Sega tinha uma surpresa para revelar durante a Games Convention em Leipzig. Invariavelmente muitas das especulações apontavam para um Shenmue da nova geração, mas não foi isso. O anúncio foi para o novo The House of Dead, série sinónimo de pistoleiros com assento nas arcadas e moedas nos bolsos a tilintar, prevendo um extermínio de zombies em formato terror desta vez numa reinvenção ao jeito cinematográfico série B dos anos setenta e oitenta, exclusivamente para a Nintendo Wii, em síntese; Overkill. E com a revelação de um fresquinho The House of the Death na folha de apontamentos, foi com aguçado interesse que nos encaminhámos para a apresentação de mais um jogo interno da Sega.

Dentro de uma salinha no expositor da Sega estava Bradley Crooks, produtor da HeadStrong Games, que juntamente com um colega da produtora fez a introdução à nova incursão da série arcade House of Dead que conta com episódios distribuídos pelas plataformas Saturn, Dreamcast, Xbox 360 e arcadas. Agora, e pela primeira vez sem ligação às salas de salão, Overkill é um exclusivo Nintendo Wii e desde já fiquem a saber que o jogo será compatível com a Wii Zaper, isto para o caso de terem por casa o acessório ou contarem adquiri-lo nos próximos tempos.

A série House of Dead sempre nos habituou a sequências rápidas e lineares de acção, preferencialmente de pistola nas mãos, e nas quais teríamos de abater incessantemente criaturas que caminham na direcção da carne fresca, estando elas infectadas por graves vírus que as deixam absolutamente descaracterizadas. Era uma questão de sobrevivência, força nos braços e pontaria, embora as munições sejam ilimitadas no meio de um perfeito extermínio. Pois bem, as largas tiradas de acção non-stop repetem-se, mas desta vez há um pavor gráfico que enxerta uma evidente ligação aos filmes de terror série B dos anos setenta e oitenta. Um certo sentido old-school que parece funcionar muito bem e refrescar a série que vinha padecendo de alguns problemas nos últimos episódios.

O produtor da HeadStrong Games Bradley Crooks

Os novos efeitos visuais sentem-se desde logo pelo efeito fita de cinema gasta, algo tremida a exibir, com pontos escuros no ecrã que aparecem amiúde. As cores têm pouco contraste, são baças e esbatidas, com réstias de amerelo e tonalidades esverdeadas nos remates. Mesmo a gravação da voz, algo artesanal, sublinhada por trilhas sonoras da época, confere esse segmento dos thrillers à moda dos oitentas.

A dimensão cinematográfica que começa por extrapolar no aspecto visual, transfere-se depois para a narrativa, mais adulta e fora dos terrores fantasmagóricos de mansões seladas com criaturas hediondas a vaguear. Dois heróis vão investigar o que se passa depois de uma emboscada à polícia numa pequena cidade da Louisiana. Eles são o inspector G e o inspector Washington, dois colegas da Academia.