Passar para o conteúdo principal

Titanfall - Antevisão

Titã à vista.

Foi na Gamescom a primeira vez que pude experimentar de facto a chamada "nova geração", confesso que sou sempre muito cético no início destes supostos saltos geracionais, até porque grande parte dos jogos anunciados são lançados em ambas as gerações de consolas, foram feitos no mesmo motor, e por isso não é expectável qualquer salto notório na experiência, aparte da qualidade gráfica e fidelidade claro. Digamos que o início de vida de uma consola é sempre tímido, contido, com as produtoras a preferir a atual base instalada, à criação dos chamados "System Sellers" para o lançamento. Mesmo as "first-party".

Titanfall foi o rei dos prémios da última E3, mas sinceramente, fiquei com a sensação que isso se devia mais ao "nerdgasm" de poder controlar um mech gigante (ou titã neste caso), do que à qualidade e frescura do jogo propriamente ditas. Fiquei desconfiado se quiserem. Na Gamescom tivemos direito a uma apresentação à porta fechada com membros da Respawn, e depois dividiram uma sala de jornalistas em dois grupos em confronto, não me recordo exatamente quantos, mas pareceram cerca de 6-7 de cada lado.

O jogo estava a correr numa série de PC's espalhados pela sala, mas podíamos escolher utilizar um comando ou rato e teclado, optei pela segunda escolha, é mais natural para mim e ainda por cima o comando era o da 360, caso contrário talvez considerasse experimentar o jogo com o novo controlador da One. Em teoria não vai existir um modo single-player, por isso aquilo era um pedaço da campanha, a que eles chamam multiplayer campaign. Difícil de perceber como é que tencionam transformar o multijogador numa campanha, mas o nível tem um pequeno epílogo ao iniciar, com uma extração a ser preparada antes da ação começar, só resta saber como se vai desenvolver a partir daí.

Divididos entre a IMC e a M-COR, os dois grupos em confronto, mas que na prática é a equipa azul contra a vermelha, lá comecei eu de arma na mão, na pele de um soldado que inicialmente parecia retirado de um qualquer FPS do mercado. Escolhemos entre três arquétipos de soldados diferentes, cada um com três armas, primária, secundária e titanária, inventei agora a palavra, mas é uma arma especialmente concebida para utilizar contra os Titãs.

Dizer que a jogabilidade é um dos elementos mais importantes de qualquer jogo, especialmente multijogador, é um chavão, claro que é. A verdade é que já vi muitos jogos com boas mecânicas, bons conceitos, boa estrutura, mas que por alguma razão falhavam nessa matéria. O controlo da personagem é fundamental, e se bem conseguido, torna-a como uma extensão de nós próprios, se mal executada, distancia-nos da experiência.

"Fiquei sinceramente impressionado com a fluidez dos controlos"

Fiquei sinceramente impressionado com a fluidez dos controlos na primeira pessoa com o soldado ("pilot"), temos uma espécie de jetpack nas costas que nos permite efetuar saltos duplos, correr pelas paredes e saltar para os telhados. Se bem executado, é possível atravessar o mapa sem tocar no chão, ainda que eu tenha tentado sem sucesso durante a tal sessão. A ação é frenética, alucinante até, não são precisos muitos disparos para eliminar um adversário, mas o "respawn" é muito rápido também, e por isso podemos dizer que é sempre a abrir. Vejam o vídeo de gameplay que mostraram na Gamescom, qualquer semelhança com uma brutalidade não é coincidência.

O mapa em Angel City assemelhava-se a uma cidade em ruínas, compreensível tendo em conta o que se estava a passar, com uma estética futurista a combinar com as armas na nossa posse. Gostava de poder falar em maior pormenor das armas, o poder de fogo em volta do cenário era deveras impressionante mas pouco mais vi para lá da minha Rifle de assalto, um tipo de lança granadas próprio contra gigantes e o revólver secundário que utilizava apenas quando chegava a hora de recarregar a arma primária no meio de uma troca de tiros.