Top 10 - As Melhores Bandas Sonoras de 2017
Um ano rico em sons.
3. Xenoblade Chronicles 2
- Compositor: Yasunori Mitsuda
- Outros trabalhos: Chrono Trigger, Xenogears, Xenoblade Chronicles, Valkyria Revolution
Yasunori Mitsuda é um lendário compositor Japonês que muito provavelmente já compôs temas para um JRPG pelo qual te apaixonaste. O seu talento é tão lendário quanto o seu currículo e em Xenoblade Chronicles 2, consegue estar à altura de um título que certamente ficará conhecido como um dos melhores jogos da geração no seu género. As elevadas ambições da Monolith Soft foram correspondidas por um compositor que sabe muito bem como conseguir o que deseja. O mais gratificante em escutar uma banda sonora de Mitsuda é descobrir como ele se desafia e consegue combinar sonoridades de formas inesperadas.
Algo que poderá igualmente surpreender é a forma como as suas composições ajudam a formar na nossa mente a personalidade de cada um dos imensos locais que vais explorar em Alrest, onde decorre Xenoblade Chronicles 2. Mitsuda compôs dois temas para cada local (um diurno e outro nocturno), o que ajuda a dar ainda mais ambiente e atmosfera a Gormoth, Mor Ardain ou Tantal. Poderá acontecer-te o mesmo que me aconteceu a mim, avançar o tempo somente para ouvir um tema específico num dos diferentes Titans de Alrest. A banda sonora de Xenoblade Chronicles 2 consegue ainda deixar mais entusiasmado com o jogo, especialmente os temas usados nas batalhas, sendo exactamente tudo aquilo que precisa ser.
2. Persona 5
- Compositor: Shoji Meguro
- Outros trabalhos: Persona 3, Persona 4, Catherine
Persona 5 é um dos candidatos a Jogo do Ano e Melhor JRPG desta geração. Além do seu gameplay e do seu estilo visual, Persona 5 é um jogo que merece todo o nosso louvor pela sua banda sonora. Shoji Meguro há muito que provou que é um mestre com um estilo muito próprio, Persona 5 é apenas mais uma expressão desse singular método. Sejam as músicas nas dungeons, sejam as músicas que estabelecem a atmosfera durante momentos marcantes, a banda sonora de Persona 5 é um dos seus melhores feitos. É um marco de qualidade já esperado na série e que não falha.
Os principais temas cantados, como "Wake Up, Get Up, Get Out There", a par dos já mencionados temas das dungeons, foram pensados para se enquadrarem e realçarem a personalidade do jogo. O tom irreverente, dinâmico e actual (Persona 5 é um dos JRPGs com mais estilo de todos os tempos). Meguro assegura mais uma vez um trabalho com diferentes sonoridades, que te ficam no ouvido e te deixam empolgado. Não fiques admirado se sentires vontade de jogar Persona 5 apenas porque uma música te deixou electrizado. É algo que apenas está ao alcance de alguns compositores.
1. NieR: Automata
- Compositor: Keiichi Okabe
- Outros trabalhos: Nier, Drakengard 3, Final Fantasy15: Episódio Gladiolus
Keiichi Okabe é um senhor que arrisca a conseguir a melhor banda sonora em duas gerações seguidas. Não existem dúvidas que a banda sonora do primeiro Nier é a melhor da anterior geração, agora parece que Automata poderá conseguir um feito similar na actual. O trabalho de Okabe, assistido por Keigo Hoashi, vai além do trabalho dos comuns mortais. É uma banda sonora multi-facetada, capaz de assentar a atmosfera de uma cena e que consegue surpreender pelos seus tons melancólicos, mas também doces. Foram criadas diferentes versões das mesmas composições que servem para se adaptarem ao ambiente que vês nos locais do jogo quando passas por eles em diferentes momentos e isso ajuda a fazer da banda sonora um dos elementos mais fascinantes de NieR: Automata.
A forma como Yoko Taro, director do jogo, utiliza a banda sonora e a transforma numa das ferramentas mais marcantes da personalidade de NieR: Automata é altamente louvável e eleva os padrões. Não só conferem personalidade aos locais, estes temas são usados para expressar os conflitos internos dos personagens, são uma forma de expressão para bosses e são frequentemente os gritos de lamento de um cenário mudo que tenta comunicar contigo. A direcção artística faz muito para conversar com o jogador, mas é a banda sonora que te assenta nos locais e te vai dizendo como sentir. É magistral este trabalho de Okabe e as diferentes sonoridades, melancólicas ou não, são deliciosas.