Top 10 - As Melhores Bandas Sonoras de 2017
Um ano rico em sons.
6. Assassin's Creed Origins
- Compositor: Sarah Schachner
- Outros trabalhos: Far Cry 3, Assassin's Creed: Black Flag, Call of Duty: Infinite Warfare
Ao longo da tua jornada pelo Egito Antigo, escutarás uma banda sonora que quase se poderia considerar ambiente, está ali apenas para reforçar a experiência e pouco se notar. No entanto, nos momentos em que se faz notar e até escutada fora do jogo, as composições de Sarah Schachner são de uma grande qualidade. Beneficiando do cenário singular para o qual a Ubisoft transportou a série, Schachner compôs temas que te transportam para o norte de África. Combinados com sonoridades que se encaixam bem no perfil da série, é um trabalho que poderia passar despercebido, mas cuja qualidade é digna de menção. A Ubisoft apostou num nome menos conhecido e conseguiu uma banda sonora diferente e até inesperada, que consegue fugir a alguns clichés que entretanto se tornam esperados de jogos de grande perfil.
Entre temas que nos transportam para as areias quentes do Egito, Schachner consegue ainda compor temas que vamos associar à personalidade dos Medjai e aos eventos do jogo. Não esperes encontrar aqui as previsíveis escaladas dos violinos que abundam nos jogos AAA, a compositora procurou algo mais sóbrio que reforça o ambiente do jogo. Se em Syndicate a Ubisoft arriscou e foi recompensada, em Origins também o consegue.
5. Sonic Mania
- Compositor: Tee Lopes
- Outros trabalhos: Major Magnets
Não sabemos bem se é o efeito nostalgia, mas acreditamos que existe mais no trabalho de Tee Lopes que, à semelhança do que a equipa fez com o jogo, conseguiu captar a essência de Sonic com uma qualidade que nem a própria SEGA parece conseguir. Sonic Mania leva-te de volta para os anos 90 e relembra-te o porquê de adorares o ouriço azul. A banda sonora energética, repleta de sons retro e altamente fiel à série, é mais uma amostra da espantosa qualidade que o título representa para os fãs de Sonic. Lopes remisturou sons icónicos, samples imediatamente reconhecíveis e também pegou em temas conhecidos para lhes dar a devida dose de energia. Brilhante.
Grande parte do encanto de Sonic está na sua banda sonora e até Sonic Forces nos deixou rendido com as suas energéticas sonoridades. Sonic Mania usa a nostalgia como rampa de lançamento, mas consegue alcançar muito por seu próprio mérito. A banda sonora é tal como o jogo, uma recordação do que já vivemos e uma amostra do que poderá ser feito.
4. The Legend of Zelda: Breath of the Wild
- Compositor: Manaka Kataoka
- Outros trabalhos: Animal Crossing: New Leaf, Animal Crossing: City Folk
Zelda: Breath of the Wild é o mais forte candidato a Jogo do Ano entre a imprensa e os jogadores, uma aposta ganha pela Nintendo que correu diversos riscos ao mudar as bases que suportavam a série há décadas. Esse risco não foi feito somente na estrutura ou estilo do gameplay, também foi feito na sua banda sonora, na escolha do compositor. A Nintendo colocou os diferentes jogos da série nas mãos de diferentes compositores, mas sempre contou com o apoio de Koji Kondo nos projectos. Esses compositores também pertenciam a um quadro de pessoas com um currículo extenso e para Zelda: Breath of the Wild, a Nintendo optou por procurar na banda sonora a mesma frescura que desejou para o gameplay.
A compositora Manaka Kataoka, relativamente desconhecida e com um currículo pequeno, foi escolhida para criar os sons de Breath of the Wild e conseguiu satisfazer em pleno. Talvez inspirada nas obras da Studio Ghibli, que também parecem ter influenciado os visuais do jogo, Kataoka compôs temas épicos e envolventes, mas também conseguiu captar a adorável e divertida essência da Nintendo. Isto resulta em temas que te vão arrepiar, intercalados com temas mais relaxados e com muita boa disposição. O uso da banda sonora no jogo é muito inteligente e está pensado para que se faça sentir sempre que a escutas. É um dos elementos mais importantes na experiência e um dos trabalhos mais admiráveis deste ano. A Nintendo está de parabéns.